Adolescente diz ao Governo dos EUA como poupar 370 milhões de dólares
Aluno do secundário concluiu que alterando o tipo de letra dos documentos oficiais poderia fazer-se uma poupança de milhões de dólares.
Tudo se resume à quantidade de tinta para impressoras que se gasta sempre que se imprime um documento. Mirchandani, aluno do liceu de Dorseyville, perto de Pittsburg, chegou a essa conclusão quando imprimia trabalhos escolares e fez um cálculo de quanto se gastava em tinta. O que era apenas uma curiosidade pessoal tornou-se um projecto de investigação, que levou a uma feira de ciências na sua escola. Mas foi desafiado a ir mais longe pelos professores.
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Tudo se resume à quantidade de tinta para impressoras que se gasta sempre que se imprime um documento. Mirchandani, aluno do liceu de Dorseyville, perto de Pittsburg, chegou a essa conclusão quando imprimia trabalhos escolares e fez um cálculo de quanto se gastava em tinta. O que era apenas uma curiosidade pessoal tornou-se um projecto de investigação, que levou a uma feira de ciências na sua escola. Mas foi desafiado a ir mais longe pelos professores.
Através do software APFill, que permite gastar menos tinta e toner nas impressoras, o jovem tentou determinar quanta tinta era gasta quando se escrevia as letras e, t, a, o e r, as mais usadas. Para isso analisou quatro tipos de letra – Century Gothic, Comic Sans, Garamond e Times New Roman. Em seguida aumentou o tamanho das letras, imprimiu-as, recortou-as e pesou-as. Ao fim de três ensaios, desenhou um gráfico sobre a quantidade de tinta usada por cada tipo de letra.
Feitas as contas, Mirchandani concluiu que era o Garamond que permitia menos gastos e que se fosse trocado pelo Times New Roman, que vem com a maioria dos processadores de texto, podia conseguir-se uma poupança de milhares de dólares.
“A tinta é duas vezes mais dispendiosa do que um perfume francês em volume”, comparou o jovem em declarações à CNN. Tendo como amostra a sua própria escola, Mirchandani garantiu que era possível poupar 21 mil dólares (15 mil euros), se se fizesse a mudança tipográfica. Se essa solução fosse alargada ao Governo e aos serviços administrativos norte-americanos, os custos seriam reduzidos em 370 milhões anuais.
A proposta de Mirchandani ainda não teve uma reacção oficial, mas, à CNN, o gestor do departamento de impressões do Governo federal, Gary Somerset, considerou-a “notável”.
O adolescente está entusiasmado, mas admite que será difícil executar o seu projecto. “Reconheço que é difícil alterar o comportamento de alguém. Essa é a parte mais complicada”, disse à mesma estação de televisão norte-americana. Mas Mirchandani não pretende desistir: “Iria sem dúvida adorar assistir a algumas mudanças e ficaria feliz em ir o mais longe possível para tornar essas mudanças possíveis.”