Nobel da Economia diz que Portugal fez, em pouco tempo, reformas orçamentais “de forma notável”
O país tem razões para ter “respostas optimistas”, garantiu Lars Peter Hansen durante o V Congresso da APED.
O economista e professor na Universidade de Chicago, que falava durante o V Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), destacou a evolução das exportações, mas disse que ainda há questões a resolver no mercado de trabalho. Ainda assim, “há razões para respostas optimistas” da economia, defendeu.
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O economista e professor na Universidade de Chicago, que falava durante o V Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), destacou a evolução das exportações, mas disse que ainda há questões a resolver no mercado de trabalho. Ainda assim, “há razões para respostas optimistas” da economia, defendeu.
Lars Peter Hansen recuperou uma frase do Fundo Monetário Internacional sobre o programa português em que a instituição sublinha a necessidade de um entendimento político vasto de que as reformas estruturais devem continuar.
Numa intervenção que foi uma verdadeira aula de economia dedicada às consequências da incerteza, o Nobel começou por explicar o seu trabalho na criação de modelos que antecipam como os diferentes agentes económicos lidam com ambientes de risco e de grande mudança. “A reacção à incerteza devia ser fulcral”, disse, acrescentando mais tarde que “problemas complicados não precisam necessariamente de soluções complicadas”.
No encerramento do congresso, Ana Isabel Trigo de Morais, directora-geral da APED disse que a crise acabou por ser uma oportunidade para entender melhor a economia. Portugal “tem ainda um período crítico e difícil” pela frente e os mercados, por vezes, desempenham “o papel de mensageiros das más notícias”.