G7 discute resposta à Rússia sem sanções no horizonte
"Vai ser uma oportunidade para explicarmos uns aos outros o que iremos fazer e em que sentido queremos caminhar, para coordenarmos as nossas acções", disse à agência Reuters um membro da delegação da União Europeia, cuja identidade não foi revelada.
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"Vai ser uma oportunidade para explicarmos uns aos outros o que iremos fazer e em que sentido queremos caminhar, para coordenarmos as nossas acções", disse à agência Reuters um membro da delegação da União Europeia, cuja identidade não foi revelada.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte – anfitrião do encontro entre os líderes dos EUA, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Japão e Itália –, estima que o Ocidente não irá tomar decisões que possam prejudicar a Rússia em demasia.
"A Rússia tem uma economia muito centrada no petróleo e no gás. Não é diversificada. Se chegarmos ao ponto de aplicarmos sanções [económicas], a Rússia será muito prejudicada. Por isso, na minha opinião, devemos fazer tudo para que isso não aconteça", disse o chefe do Governo holandês.
Apesar das declarações de Mark Rutte, os líderes dos países mais fortes da União Europeia têm-se aproximado cada vez mais da opinião de que a resposta deve ser dura, no caso de a Rússia decidir anexar outras regiões da Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, defendeu neste domingo, num artigo publicado no jornal Sunday Telegraph, que o Reino Unido e os seus aliados devem equacionar a imposição de limitações à venda de armas à Rússia, na sequência da "ultrajante anexação" da Crimeia.
Não é de esperar que os membros do G7 apresentem na segunda-feira uma lista de sanções no final da reunião (que deverá começar às 17h30), mas é de crer que a declaração deixe bem vincado o apoio ao Governo interino da Ucrânia.
A reunião servirá também para discutir a suspensão dos trabalhos com vista à cimeira do G8 (G7 mais a Rússia), que estava marcada para Junho, na cidade russa de Sochi. Os membros do G7 decidiram cancelar a sua participação, e a chanceler alemã, Angela Merkel, disse mesmo na semana passada que "o G8 já não existe". Oficialmente a Rússia continua a pertencer a este grupo, onde foi incluído em 1998, mas a hipótese da exclusão definitiva está em cima da mesa.