Veneza vota pela independência em consulta sem valor legal
O novo país iria buscar inspiração à antiga República de Veneza, uma potência que existiu durante mais de mil anos.
De acordo com os números divulgados esta sexta-feira em Treviso, votaram 73% dos eleitores do Veneto (3,8 milhões). Entre as centenas de pessoas que se juntaram para ouvir a divulgação dos resultados, descreve a AFP, algumas agitavam bandeiras da Sereníssima, o outro nome da antiga República de Veneza - o novo país inspirar-se-ia nesta potência económica e política que existiu durante mais de um milénio, até 1797.
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De acordo com os números divulgados esta sexta-feira em Treviso, votaram 73% dos eleitores do Veneto (3,8 milhões). Entre as centenas de pessoas que se juntaram para ouvir a divulgação dos resultados, descreve a AFP, algumas agitavam bandeiras da Sereníssima, o outro nome da antiga República de Veneza - o novo país inspirar-se-ia nesta potência económica e política que existiu durante mais de um milénio, até 1797.
Das 2.360.235 pessoas que votaram, 2.102.969 disseram “sim” e 257.276 responderam “não” à pergunta “Quer que Veneto se torne uma República Soberana Federal?”. A consulta, organizada por um comité de cidadãos chamado Plebiscito.eu não tem nenhum valor mas vai ajudar a luta dos que desejam realizar um referendo real sobre a independência da região.
Numa conferência de imprensa com jornalistas estrangeiros, o governador do Veneto, Luca Zaia, da Liga Norte (partido nacionalista e xenófobo), defendeu que os habitantes da região “têm a sensação de só servir para pagar impostos” e defendeu que Roma “ainda pensa que é a capital de um império – nós consideramos que estamos na periferia desse império”.
Um referendo só poderia ser realizado se fosse aprovado pelo conselho regional e depois submetido ao Parlamento nacional. Mas mesmo assim, admite Zaia, depois disso ainda “seria provavelmente declarado inconstitucional pelo Governo”.