Cães vadios atacaram rebanho de ovelhas no concelho de Viseu
De acordo com Salete Dias, proprietária do rebanho e dirigente da Balflora e da Confederação Nacional de Agricultura, o ataque ao rebanho foi perpetrado por cinco cães vadios que têm rondado as localidades da freguesia de Couto de Cima nos últimos meses.
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De acordo com Salete Dias, proprietária do rebanho e dirigente da Balflora e da Confederação Nacional de Agricultura, o ataque ao rebanho foi perpetrado por cinco cães vadios que têm rondado as localidades da freguesia de Couto de Cima nos últimos meses.
"As ovelhas estavam num campo com cerca, em Lobagueira, quando foram atacadas por cães que conseguiram saltar e apanhá-las. Tanto eu como o meu marido estávamos por perto, mas não conseguimos evitar o ataque", descreveu.
Do rebanho constituído por 20 ovelhas, "três foram logo mortas, umas 15 estão fugidas e duas ficaram feridas".
"Este é o terceiro ataque em poucos meses: um ainda foi no ano passado e este é o segundo este ano. Mas há mais gente a queixar-se de ataques destes cães sem donos, que se juntam em grupo, atacam para se alimentarem e deixam-nos sem nada", alegou.
De acordo com Salete Dias, este tipo de ataques representa um prejuízo incalculável para quem vive da venda de ovelhas.
"Cada ovelha custa uns 70 a 75 euros. Por isso, vejam só o meu prejuízo. Ainda há oito dias apresentei queixa na GNR de Viseu, por outras três ovelhas mortas e mais um borrego", lamentou.
Para a proprietária do rebanho, "é urgente a Câmara de Viseu arranjar uma solução", sob pena do mundo rural ser lançado cada vez mais ao abandono.
"Se a Câmara não fizer nada, como é que se consegue sobreviver neste sector? São só políticas contra este sector, mas têm de nos dar uma solução", lamentou.
Contactada pela Lusa, fonte da Câmara de Viseu informou que vão acompanhar de imediato a situação e fazer um levantamento do que se passou através de um serviço que têm contratado.
"Vamos pedir à junta de freguesia, que é quem está mais perto, para acompanhar o caso, e vamos fazer um levantamento deste tipo de riscos, que não são exclusivos de Viseu, para preparar um plano de resposta", avançou.
A fonte admitiu que têm "meios limitados para actuar" e que aguardam também "pela informação da GNR para ter fotografia da situação".