Mais do que um susto, uma lição
Benfica segue em frente na Liga Europa, após empate (2-2) com o Tottenham, mas esteve bem perto de ter de disputar um prolongamento.
Sherwood, o substituto de André Villas-Boas no banco dos spurs, passou os 90 minutos na bancada VIP, como que resignado com o desfecho desta eliminatória, praticamente decidida pelos “encarnados” em White Hart Lane, contribuindo para a sensação de que este Tottenham que visitava a Luz era uma equipa desmoralizada, para além de fragilizada pelas ausências de muitos dos seus melhores jogadores.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Sherwood, o substituto de André Villas-Boas no banco dos spurs, passou os 90 minutos na bancada VIP, como que resignado com o desfecho desta eliminatória, praticamente decidida pelos “encarnados” em White Hart Lane, contribuindo para a sensação de que este Tottenham que visitava a Luz era uma equipa desmoralizada, para além de fragilizada pelas ausências de muitos dos seus melhores jogadores.
Jorge Jesus, pelo seu lado, não deixou de se mostrar eléctrico no banco do Benfica, apesar de ter mais razões que Sherwood para estar tranquilo.
Como tem feito nos jogos de todas as competições que não a Liga portuguesa, Jesus apresentou uma equipa a pensar no jogo deste fim-de-semana com a Académica, ou seja, manteve apenas o guarda-redes e a defesa, e mudou tudo o resto. Quase em ritmo de treino, os “encarnados” fizeram uma gestão controlada dos espaços, confiando, sobretudo, na sua eficácia defensiva para travar as iniciativas incipientes dos londrinos. O Benfica, pelo contrário, quase marcou logo aos 9’, quando Luisão cabeceou por cima a passe de Garay, seu parceiro da defesa.
The partial view '~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml' was not found. The following locations were searched:
~/Views/Layouts/Amp2020/NOTICIA_POSITIVONEGATIVO.cshtml
NOTICIA_POSITIVONEGATIVO
Lennon, Towsend e Chadli bem tentavam fazer alguma coisa pelo Tottenham, mas não o suficiente para dar algum trabalho a Oblak. Na outra baliza, o veterano norte-americano Brad Friedel (que tem praticamente o dobro da idade de Oblak) viu, aos 34’, Garay a cabecear na pequena área para o 1-0 após cruzamento de Salvio, a provar que os centrais goleadores estão na moda para os lados da Luz.
Mais um golo na eliminatória e mais um motivo para o Benfica reforçar a sua gestão de esforço. Mas isso quase foi a perdição “encarnada”. Os spurs tiveram mais iniciativa e, sobretudo após a entrada de Eriksen, começaram a aproveitar o modo relaxado dos “encarnados”.
Em dois minutos (78’ e 79’) os londrinos relançaram a eliminatória, com dois golos do jovem belga Chadli, a aproveitar os espaços que o Benfica dava por pensar que o adversário já não iria lá. E os londrinos acreditaram ainda mais. Já em tempo de compensação chegaram duas vezes perto do golo, com Oblak a defender os remates de Sigurdsson e Kane.
Um golo inglês e haveria, pelo menos, mais 30 minutos de jogo. Num momento em que o Benfica conseguiu respirar, Lima foi à frente, foi derrubado por Sandro e marcou o correspondente empate. Apuramento garantido e estragos minimizados, mas o jogo desta quinta-feira foi a prova de que há uma lição que o Benfica precisa de aprender outra vez, não dar nada por garantido. O final da época passada não foi assim há tanto tempo.