Na francesa Orange os suicídios em 2014 são já quase tantos quantos os de 2013
De acordo com o Observatório para o Stress e Mobilidade Forçada, a situação deve ser encarada como um “alerta sério”, uma vez que a maioria destes suicídios estavam “explicitamente relacionados com o trabalho”.
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De acordo com o Observatório para o Stress e Mobilidade Forçada, a situação deve ser encarada como um “alerta sério”, uma vez que a maioria destes suicídios estavam “explicitamente relacionados com o trabalho”.
Orange é o novo nome da France Telecom, uma grande empresa de telecomunicações que foi atingida por uma onda de suicídios, que foi particularmente intensa entre 2008 e 2009, quando 35 trabalhadores puseram fim à vida.
Estes acontecimentos levaram à saída do então presidente da empresa, Didier Lombard, e levantaram dúvidas e discussões sobre gestão e stress no trabalho.
O grupo Orange, que emprega cerca de 100 mil pessoas, reconheceu hoje que várias pessoas cometeram suicídio desde o início do ano e que cada um dos casos “envolve contextos diferentes”, mas devem obrigar a empresa a “permanecer vigilante”, de acordo com as declarações citadas pela agência noticiosa AFP.
O representante da empresa deverá encontrar-se com a comissão de trabalhadores na sexta-feira para discutir a questão, depois de os sindicatos terem lançado o alerta sobre a situação no grupo de telecomunicações.
“Em cerca de um ano a situação deteriorou-se”, declararam, sublinhando ainda as saídas de trabalhadores e o recrutamento inadequado, refere a AFP.