Emprego em Portugal cresceu 0,5% em contraciclo com a zona euro

Entre Outubro e Dezembro de 2013, Portugal e Irlanda registaram o maior crescimento trimestral do emprego. Na comparação homóloga, o aumento do emprego no país foi dos mais baixos da zona euro.

Foto

No conjunto dos países da moeda única, o emprego caiu 0,5% na comparação homóloga, mas cresceu 0,1% face aos três meses anteriores, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Eurostat.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

No conjunto dos países da moeda única, o emprego caiu 0,5% na comparação homóloga, mas cresceu 0,1% face aos três meses anteriores, segundo dados publicados nesta sexta-feira pelo Eurostat.

Tanto na comparação homóloga como trimestral, a variação do emprego no mercado de trabalho português foi positiva. Portugal e a Irlanda foram os dois países onde a taxa mais aumentou em relação ao terceiro trimestre, ambos com um crescimento de 0,7%. Mas, na variação homóloga, Portugal surge entre os países com crescimentos de emprego mais baixos.

Os números divulgados pelo gabinete de estatísticas da União Europeia não mostram a percentagem de população empregada face à população activa, mas apenas a variação deste indicador.

Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma taxa de emprego de 51,1% da população activa no quarto trimestre. No período de Outubro a Dezembro, havia 4,5 milhões de pessoas empregadas — mais 29,7 mil do que no mesmo período do ano anterior e mais 7,9 mil do que nos três meses anteriores. Mas deste número de trabalhadores, 622,9 mil tinham um emprego a tempo parcial. E 26 mil eram trabalhadores familiares não remunerados. Entre os trabalhadores a tempo parcial, 263,4 mil foram contabilizados como subemprego, ou seja, pessoas que declararam nos inquéritos do INE querer trabalhar mais horas.

Durante um debate no Parlamento sobre os novos critérios para os despedimentos por extinção ode posto de trabalho, o ministro do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, destacou como positivos os dados do emprego divulgados pelo Eurostat.

Mota Soares realçou que, no quarto trimestre do ano passado, Portugal teve o segundo maior crescimento em cadeia da Europa, “quando no espaço do euro e na União Europeia esse crescimento foi de 0,1%”.

E destacou: “Relativamente ao mesmo período do ano anterior, verificou-se um crescimento de 0,5%, o que confronta com a diminuição de 0,5% na área do euro e uma diminuição de 0,1% na União Europeia”. Mota Soares acrescentou ainda que “vários indicadores económicos mostram que existe uma tendência de recuperação da economia”.

Na União Europeia, o emprego continuou a ser inferior ao quarto trimestre de 2012, tendo recuado 0,1%. Na comparação homóloga, o emprego recuou em 12 países, entre eles a Grécia (-2,6%), Itália (-2%), Holanda (-1,4%), Espanha (-1,3%) e França (-0,1%). Foram mais os países onde se registou um crescimento do emprego. À cabeça dos 15 Estados-membros onde houve um aumento está a Irlanda, com um crescimento homólogo do emprego de 3,2%.