Confrontos entre manifestantes ucranianos e pró-russos em Donetsk fazem um morto
Cidade no Leste do país com maioria russófona viveu episódio mais violento desde os últimos dias do regime de Ianukovich.
É o pior episódio de violência desde os últimos dias do Presidente Viktor Ianukovich no poder em Kiev, quando uma centena de pessoas morreram, a maioria delas vítimas de atiradores furtivos da polícia.
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É o pior episódio de violência desde os últimos dias do Presidente Viktor Ianukovich no poder em Kiev, quando uma centena de pessoas morreram, a maioria delas vítimas de atiradores furtivos da polícia.
Os organizadores da manifestação pró-novo poder em Kiev dizem que a vítima mortal – que foi esfaqueada – era um jovem de 22 anos, do seu campo, que estava a protestar contra a invasão e tomada do poder na Crimeia pela Rússia. Outras 15 pessoas estão em tratamento no hospital, adianta a Reuters.
Activistas contra a invasão da Crimeia dizem que dois outros manifestantes morreram – uma informação que corria nas redes sociais –, mas não havia nenhuma informação oficial que o corroborasse.
A agência noticiosa diz que os jornalistas viram a polícia falhar repetidamente nas tentativas de manter as duas manifestações separadas. Os participantes nos protestos atiraram bombas de fumo e outros projécteis uns aos outros e havia brigas espalhadas por todo o lado. Os manifestantes pró-Rússia queimavam bandeiras e até cachecóis do clube de futebol local, o Shakhtar Donetksk – como dizia uma jornalista ucraniana no Twitter, Kateryna Kruk, “é a melhor prova de que isto é uma invasão de vândalos russos”.
Donetsk, a cidade que era o centro do poder de Ianukovich, tem vivido uma grande agitação, também com reivindicações separatistas, como acontece na Ucrânia, e não é a primeira vez que surgem acusações de que as manifestações pró-russa são alimentadas com excursões de manifestantes russos, vindos do outro lado da fronteira.