A Rússia e o dócil “sim” da Crimeia
O que se passou ontem no parlamento regional da Crimeia antecipa, de certo modo, o referendo do próximo fim-de-semana: 78 dos 81 deputados presentes votaram pela independência da Crimeia em relação à Ucrânia, apesar de Kiev considerar ilegal o parlamento da Crimeia e inválidas as suas decisões. E o referendo, ao que tudo indica, vai transformar essa “independência” em “dependência”, ou seja, vai sancionar um pedido para que a Crimeia seja admitida como parte territorial da Rússia. Rússia que preparou o terreno, desde o início, para que tudo se desenrolasse assim: foi por sua intervenção que o medo da violência e da instabilidade (o medo de Kiev e dos que ali hoje mandam) se instalou na Crimeia e foi devido a esse medo que a protecção russa passou a ser vista como um indispensável “bem”. Diplomacia tensa, exercícios militares, ameaças de sanções são o “cerco” possível a esta realidade imparável.
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O que se passou ontem no parlamento regional da Crimeia antecipa, de certo modo, o referendo do próximo fim-de-semana: 78 dos 81 deputados presentes votaram pela independência da Crimeia em relação à Ucrânia, apesar de Kiev considerar ilegal o parlamento da Crimeia e inválidas as suas decisões. E o referendo, ao que tudo indica, vai transformar essa “independência” em “dependência”, ou seja, vai sancionar um pedido para que a Crimeia seja admitida como parte territorial da Rússia. Rússia que preparou o terreno, desde o início, para que tudo se desenrolasse assim: foi por sua intervenção que o medo da violência e da instabilidade (o medo de Kiev e dos que ali hoje mandam) se instalou na Crimeia e foi devido a esse medo que a protecção russa passou a ser vista como um indispensável “bem”. Diplomacia tensa, exercícios militares, ameaças de sanções são o “cerco” possível a esta realidade imparável.