Organização para as Migrações preocupada com as necessidades específicas das mulheres
A Organização Internacional para as Migrações estima que haja 111 milhões de mulheres migrantes e reclama dados para responder às suas necessidades.
A propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala este sábado, o director-geral da OIM, William Lacy Swing, afirmou que é preciso ter em conta as "necessidades específicas" das mulheres migrantes, às quais a comunidade internacional não pode responder com "meras palavras".
A OIM recorda o compromisso internacional de "não deixar ninguém para trás" na fixação da agenda pós-Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, cujo prazo de concretização termina em 2015. Sabe-se já que os resultados ficaram aquém do estabelecido em 2000, data em que as metas foram fixadas pelas Nações Unidas.
"Devemos colocar todo o nosso esforço para garantir que uma parceria global empenhada em maximizar os benefícios da migração e minimizar os riscos e as violações dos direitos humanos emerja da agenda pós-2015. E nós precisamos de ter certeza de que esta parceria funciona para as mulheres", realçou o embaixador William Lacy Swing.
"Urge obter dados específicos para compreender realmente a complexa situação em que se encontram mulheres e meninas migrantes", sustentou, instando o grupo de alto nível criado pelas Nações Unidas para debater a agenda de desenvolvimento pós-2015 a fazer uma "revolução de dados" e a garantir que se potencie "ao máximo os benefícios" da migração.
"Pelo menos uma pessoa em cada sete da população mundial é migrante", contabiliza a OIM, precisando que perto de metade desse grupo, 111 milhões, são mulheres. "Uma das mais recentes e significativas tendências dos fluxos migratórios tem sido o aumento do número de mulheres em rotas de migração perigosas, antes maioritariamente usadas por homens", assinala a organização intergovernamental.
"Mais e mais mulheres, fugindo de dificuldades, violência, guerra e pobreza, estão agora a correr os mesmos riscos do que os homens, em busca de uma vida melhor para si e para os seus filhos. Isto é migração desesperada", considera.
Muitas continuam a viajar ao abrigo da "reunificação familiar", mas é "crescente o número de mulheres que migram por conta própria, em direcção a um desconhecido, imprevisível e muitas vezes perigoso futuro", sejam elas "altamente qualificadas" ou "pouco qualificadas", assinala a organização.
Entre os "muitos factores" que a OIM identifica para um aumento das migrações femininas estão "a discriminação no mercado de trabalho" e "os preconceitos sociais contra as mães solteiras ou viúvas nos países de origem". Mas, acima de todas as razões, surge a pobreza.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala este sábado, o director-geral da OIM, William Lacy Swing, afirmou que é preciso ter em conta as "necessidades específicas" das mulheres migrantes, às quais a comunidade internacional não pode responder com "meras palavras".
A OIM recorda o compromisso internacional de "não deixar ninguém para trás" na fixação da agenda pós-Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, cujo prazo de concretização termina em 2015. Sabe-se já que os resultados ficaram aquém do estabelecido em 2000, data em que as metas foram fixadas pelas Nações Unidas.
"Devemos colocar todo o nosso esforço para garantir que uma parceria global empenhada em maximizar os benefícios da migração e minimizar os riscos e as violações dos direitos humanos emerja da agenda pós-2015. E nós precisamos de ter certeza de que esta parceria funciona para as mulheres", realçou o embaixador William Lacy Swing.
"Urge obter dados específicos para compreender realmente a complexa situação em que se encontram mulheres e meninas migrantes", sustentou, instando o grupo de alto nível criado pelas Nações Unidas para debater a agenda de desenvolvimento pós-2015 a fazer uma "revolução de dados" e a garantir que se potencie "ao máximo os benefícios" da migração.
"Pelo menos uma pessoa em cada sete da população mundial é migrante", contabiliza a OIM, precisando que perto de metade desse grupo, 111 milhões, são mulheres. "Uma das mais recentes e significativas tendências dos fluxos migratórios tem sido o aumento do número de mulheres em rotas de migração perigosas, antes maioritariamente usadas por homens", assinala a organização intergovernamental.
"Mais e mais mulheres, fugindo de dificuldades, violência, guerra e pobreza, estão agora a correr os mesmos riscos do que os homens, em busca de uma vida melhor para si e para os seus filhos. Isto é migração desesperada", considera.
Muitas continuam a viajar ao abrigo da "reunificação familiar", mas é "crescente o número de mulheres que migram por conta própria, em direcção a um desconhecido, imprevisível e muitas vezes perigoso futuro", sejam elas "altamente qualificadas" ou "pouco qualificadas", assinala a organização.
Entre os "muitos factores" que a OIM identifica para um aumento das migrações femininas estão "a discriminação no mercado de trabalho" e "os preconceitos sociais contra as mães solteiras ou viúvas nos países de origem". Mas, acima de todas as razões, surge a pobreza.