UE prepara 11.000 milhões de euros de apoio financeiro à Ucrânia

Financiamento tenta evitar falência imediata do país e está parcialmente condicionado à obtenção de um acordo com o FMI.

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Durão Barroso anunciou apoio financeiro à Ucrânia

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da Comissão Europeia e surge como resposta a um cenário de quase insolvência na Ucrânia. Os Estados Unidos já prometeram a entrega de garantias de 1000 milhões de dólares e está neste momento a ser também negociado com o Fundo Monetário Internacional a concessão de um empréstimo ao país.

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O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da Comissão Europeia e surge como resposta a um cenário de quase insolvência na Ucrânia. Os Estados Unidos já prometeram a entrega de garantias de 1000 milhões de dólares e está neste momento a ser também negociado com o Fundo Monetário Internacional a concessão de um empréstimo ao país.

Durão Barroso, numa conferência de imprensa realizada em Bruxelas, explicou que o pacote de ajuda será garantido “através do orçamento da UE e de instituições financeiras internacionais baseadas na UE”. Tanto o Banco Europeu de Investimento (BEI) como o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) vão participar nesta operação. O português disse ainda que o programa de ajuda está parcialmente dependente da concretização de um acordo entre a Ucrânia e o FMI.

O novo governo ucraniano tinha anunciado na semana passada, pela voz do seu primeiro-ministro, que o país irá necessitar durante os próximos dois anos de 35.000 milhões de dólares (cerca de 25.000 milhões de euros) de financiamento. As necessidades de curto prazo serão de cerca de 2900 milhões de euros.

A queda abrupta da divisa, a perda do apoio financeiro que tinha sido prometido pela Rússia e a perspectiva de subida abrupta dos custos de fornecimento de energia fazem com que a Ucrânia se encontre neste momento em situação de falência iminente, que apenas pode ser evitada coma chegada de empréstimos de emergência do exterior.

O mais recente problema está relacionado com o fornecimento de gás por parte da empresa russa Gazprom, que avisou as autoridades ucranianas que não poderia manter o preço com desconto que vinha a praticar se a dívida do país à empresa não fosse rapidamente saldada. A Ucrânia deve cerca de 1,5 mil milhões de dólares pelo gás que a Rússia lhe vendeu, e do qual depende, apesar da tentativa de diversificação que tem vindo a implementar. Apesar de ser produtor, o paí depende em 80% das importações a nível energético, e é um dos principais clientes internacionais da Gazprom, controlada pela Estado russo.

No plano de ajuda que está a preparar, a União Europeia pretende igualmente incluir a concessão das vantagens comerciais que estavam previstas no acordo de cooperação com a Ucrânia do ano passado que o ex-presidente Yanukovich decidiu anular e concretizar um acordo de fornecimento bilateral de energia e gás, que reduza de alguma forma a dependência da Ucrânia em relação à Rússia.

A União Europeia tem agendada para esta quinta-feira uma cimeira de emergência para discutir a situação na Ucrânia.