Lucros da Estradas de Portugal caem 60% em 2013

A Estradas de Portugal apresentou resultados líquidos de 15 milhões de euros, uma queda de 60% face aos 37 milhões de euros obtidos em 2012.

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Ex-Estradas de Portugal era a responsável pela estrada onde se encontrava a tampa de saneamento que provocou o acidente Enric Vives-Rubio (Arquivo)

Na base desta quebra de 22 milhões de euros nos resultados líquidos da empresa está a “redução das receitas operacionais”, nomeadamente a variação negativa de 64% no encaixe com contratos de construção feitos pela empresa que, “quando está a construir troços, está a receber juros, mas quando não está a construir tem de pagar juros”, explicou António Ramalho. Esta variação homóloga negativa traduz-se em receitas de 341 milhões de euros no ano passado, face a 939 milhões de euros observados no ano anterior.

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Na base desta quebra de 22 milhões de euros nos resultados líquidos da empresa está a “redução das receitas operacionais”, nomeadamente a variação negativa de 64% no encaixe com contratos de construção feitos pela empresa que, “quando está a construir troços, está a receber juros, mas quando não está a construir tem de pagar juros”, explicou António Ramalho. Esta variação homóloga negativa traduz-se em receitas de 341 milhões de euros no ano passado, face a 939 milhões de euros observados no ano anterior.

No que respeita ao financiamento da actividade da empresa, o Estado reduziu de 408 para 275 milhões de euros a contribuição para com a empresa rodoviária, reduzindo o esforço do contribuinte em 33%. Desses 275 milhões euros, 266 dizem respeito ao aumento da dívida - que totalizou 3171 milhões de euros, "favoravelmente ao acréscimo verificado em 2012 (274 milhões de euros)". Segundo a empresa, os restantes 8,9 milhões de euros estão ligados a um aumento de capital. 

A empresa estatal previa reduzir encargos no valor de 300 milhões de euros até ao final do ano que passou, através de  renegociações de contratos com sete das nove concessionárias, um valor que a empresa adiantou ter sido ligeiramente ultrapassado, situando-se nos 305 milhões de euros.

O total das receitas na cobrança de portagens nas sete ex-scut (vias sem custos para o utilizador), nas quatro subconcessões, nas vias directamente exploradas pela EP e nas concessões do Estado resultaram num encaixe de 290 milhões de euros em 2013, um acréscimo de 13% face ao ano anterior. Para António Ramalho, a receita obtida nas ex-scut significa uma “reconciliação dos utentes com estas vias”.

Apesar de os custos da cobrança de portagem terem diminuído de 29% para 25% das receitas, para o presidente da empresa rodoviária "este é um número inaceitável que é necessário reduzir para valores de uma casa decimal".

Em relação aos custos a EP registou, em 2013, um aumento de 4% com pessoal, "que se deveu ao aumento significativo dos encargos sobre as remunerações (CGA)", justifica a empresa, que encerrou o ano com 1083 funcionários, uma queda de 7% em relação aos 1170 trabalhadores do ano anterior.

Na sede da empresa, em Almada, onde foram apresentados os resultados anuais, António Ramalho afirmou que não pode “prometer resultados positivos em 2014", em parte, justifica, porque a EP terá um aumento de 400 milhões de euros em encargos com subconcessões.