Goleada da selecção no dia em que Ronaldo voltou a fazer história
Portugal goleou os Camarões no último teste antes da convocatória final para o Brasil, com Cristiano Ronaldo a isolar-se no topo dos melhores marcadores e a deixar Pauleta para trás.
Paulo Bento fez mais mexidas no “onze” inicial do que seria expectável. Ao todo, foram seis as novidades na equipa em relação aos titulares que disputaram a segunda partida com a Suécia, no play-off de acesso ao Mundial. Entre os quais duas estreias absolutas: o bracarense Rafa Silva e o benfiquista Ivan Cavaleiro. O sportinguista William Carvalho mereceu também a titularidade, depois de ter sido chamado durante o jogo da segunda mão com os nórdicos. Beto, na baliza, Rolando e Neto no centro da defesa, foram igualmente chamados para o último teste. Daquela que tem sido a espinha dorsal da selecção de Paulo Bento permaneceram apenas os defesas laterais João Pereira e Fábio Coentrão; João Moutinho e Raúl Meireles no miolo e o incontornável Cristiano Ronaldo, claro está, no ataque.
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Paulo Bento fez mais mexidas no “onze” inicial do que seria expectável. Ao todo, foram seis as novidades na equipa em relação aos titulares que disputaram a segunda partida com a Suécia, no play-off de acesso ao Mundial. Entre os quais duas estreias absolutas: o bracarense Rafa Silva e o benfiquista Ivan Cavaleiro. O sportinguista William Carvalho mereceu também a titularidade, depois de ter sido chamado durante o jogo da segunda mão com os nórdicos. Beto, na baliza, Rolando e Neto no centro da defesa, foram igualmente chamados para o último teste. Daquela que tem sido a espinha dorsal da selecção de Paulo Bento permaneceram apenas os defesas laterais João Pereira e Fábio Coentrão; João Moutinho e Raúl Meireles no miolo e o incontornável Cristiano Ronaldo, claro está, no ataque.
Para a primeira metade da partida, Paulo Bento testou um plano alternativo ao preferencial 4-3-3, com Ivan Cavaleiro e Cristiano Ronaldo a juntarem-se no eixo atacante, ficando o jogador do Real Madrid com total liberdade posicional. As muitas mexidas e alguma natural falta de entrosamento dos jogadores não contribuíram para a melhor exibição da selecção nacional, que teve dificuldades em gerir o encontro, mesmo após ter chegado à vantagem.
O golo português acabou por surgir na melhor fase da equipa na primeira metade, depois de uma boa movimentação atacante, com João Moutinho a colocar em João Pereira no corredor direito, antes do lateral do Valência tocar para Ronaldo à entrada da área e o atacante rematar para as redes adversárias, aos 21’. Cinco minutos depois, um bom trabalho de Coentrão, no lado canhoto, foi desviado com um toque de calcanhar de Rafa, com a bola a acabar por perder-se na linha de fundo. E foi o melhor de Portugal nos primeiros 45’.
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Os Camarões pegaram então no encontro, aproximando-se da baliza de Beto com sucessivas trocas de bola, acabando por dar relevância ao maior ascendente com o golo do empate, aos 43’. Um lance com responsabilidades para a defesa nacional, com Aboubakar a surgir sozinho entre os centrais e a bater o guarda-redes do Sevilha.
Para a segunda metade, Paulo Bento começou por fazer apenas duas alterações. Eduardo entrou para a baliza e Edinho reforçou o ataque, saindo Rafa. A selecção voltava ao seu desenho táctico mais habitual e melhorou em todos os aspectos. Intensificou-se a pressão ofensiva e os lances de perigo surgiram com mais frequência na área dos Camarões.
Um livre de Ronaldo, aos 54’, acabou na malha lateral, e, dois minutos depois, rematou para boa defesa de Assembe, que já havia negado, no mesmo minuto, o golo a Coentrão. O jogo ganhava velocidade e emotividade. Os africanos reagiam a espaços, ainda que sem grande objectividade, valendo alguns remates de fora da área para fazer mexer Eduardo.
Após os aperitivos, Raúl Meireles chegaria mesmo ao segundo golo, na sequênciade de um erro clamoroso de um defesa do Camarões, que permitiu um roubo de bola do médio português, aos 66’, que escolheu depois o lado para marcar. Um minuto depois, as facilidades consentidas pela defesa africana, possibilitaram o terceiro golo, agora de Coentrão, de pé esquerdo, assistido por Ivan Cavaleiro. O festival de golos continuou, com Edinho, aos 76’, depois de um trabalho de Ronaldo no lado esquerdo. E o madeirense faria mesmo o segundo, aos 84’, para levar ao rubro o Estádio Dr. Magalhães Pessoa.
O resultado desnivelado acabou por premiar a melhor segunda parte da equipa de Paulo Bento, com os Camarões a darem alguns indicadores daquilo que espera Portugal no Mundial do Brasil, onde defrontará o Gana, no último jogo da fase de grupos. Uma selecção mais forte e equilibrada do que aquela que jogou em Leiria e que dificilmente concederá tantas facilidades defensivas.
Ficha de Jogo
Portugal, 5
Camarões, 1
Jogo no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria.
Assistência 21.355 espectadores
Portugal Beto (Eduardo, 46’), João Pereira, Rolando, Neto, F. Coentrão a34’, William Carvalho (Miguel Veloso, 76’), R. Meireles, J. Moutinho, Rafa (Edinho, 46’, Antunes, 82’), Cristiano Ronaldo (Josué, 88’) e Ivan Cavaleiro (Varela, 70’). Treinador Paulo Bento
Camarões Itandje (Assembé, 46’), Assou-Ekotto, Nkoulou (Kana-Biyik, 46’), Chedjou (Nounkeu, 70’), Nyom, Song a34’, Makoun (Matip, 70’), Eyong, Choupo-Moting, Aboubakar (Bedimo, 63’) e Eto’o. Treinador Volker Finke
Árbitro Andre Marriner (Inglaterra)
Cartões amarelos Fábio Coentrão (34') e Song (34')
Golos 1-0, por Cristiano Ronaldo, aos 21'; 1-1, por Aboubakar, aos 43'; 2-1, por Raul Meireles, aos 66', 3-1, por Coentrão, aos 67'; 4-1, por Edinho, aos 77', 5-1, por Cristiano Ronaldo, aos 84'.