Estações de metro de Lisboa vão expor ilustrações de António Jorge Gonçalves
A exposição começará por ficar patente de 12 a 18 de Março, na estação do Saldanha, seguindo depois para São Sebastião e finalmente Alameda.
António Jorge Gonçalves explicou à agência Lusa que as ilustrações serão colocadas nos espaços onde o passageiro vê diariamente anúncios publicitários, nos cais de acesso das estações do Saldanha, São Sebastião e Alameda.
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António Jorge Gonçalves explicou à agência Lusa que as ilustrações serão colocadas nos espaços onde o passageiro vê diariamente anúncios publicitários, nos cais de acesso das estações do Saldanha, São Sebastião e Alameda.
"São desenhos meus de livros para os quais fiz capas ou ilustração. São imagens de impacto forte, que condensam uma narrativa, que permitem imaginar uma história. Em rodapé terão excertos das obras para as quais foram feitas, com um gancho de contextualização", disse.
"Desenhos de cordel" começará por ficar patente de 12 a 18 de Março, na estação de metro do Saldanha, seguindo depois para São Sebastião (de 19 a 25 de Março) e Alameda (26 de Março a 01 de Abril), abrangendo as linhas de metropolitano de maior circulação de passageiros.
"As pessoas fazem as mesmas rotas todos os dias, hão de perceber que há qualquer coisa de diferente nas paredes do cais", disse à Lusa.
A exposição contará com ilustrações que António Jorge Gonçalves fez para obras de autores como José Eduardo Agualusa, Mário de Carvalho, José Cardoso Pires, Rui Zink, Ondjaki ou Chico Buarque.
Para o ilustrador, o mais interessante da exposição é ter obras de criação artística em "suportes de comunicação muito directa", feitos para acolher publicidade.
António Jorge Gonçalves volta a descer para este meio de transporte subterrâneo - numa parceria com a MOP, Multimédia Outdoors Portugal - depois de ter editado, em 2010, o livro Subway life, com desenhos de passageiros anónimos feitos no metro de várias cidades do mundo.
Subway life condensa cerca de 500 desenhos (de um total de três mil retratos), que António Jorge Gonçalves fez enquanto andava de metro, em dez cidades - Lisboa, São Paulo, Tóquio, Nova Iorque ou Cairo -, registando em pequenos blocos as pessoas que se sentavam no seu raio de visão.
António Jorge Gonçalves, licenciado em design gráfico, tem trabalhos na área do cartoon político, banda desenhada, fotografia, música e arte pública.
É autor, com Nuno Artur Silva, da trilogia de banda desenhada As aventuras de Filipe Seems, e com Rui Zink publicou as novelas gráficas Arte Suprema e Rei.
Colaborou ainda em espectáculos de teatro, na concepção plástica de peças como O que diz Molero (1994), Arte (1998), Manobras de diversão e Como fazer coisas com palavras (2008).