Várias derrocadas em Pompeia depois de chuvas fortes
Situação na cidade preservada sob a lava do Vesúvio preocupa novo Governo italiano.
Depois do terceiro incidente, na segunda-feira, que provocou a queda de um muro de dois metros, o presidente da Comissão Nacional Italiana para a Unesco, Giovanni Puglisi, declarou que “não há tempo a perder do ponto de vista burocrático”, e que é necessário “um plano de intervenção extraordinário, que garanta a segurança de toda a área de Pompeia”. Puglisi, citado pelo diário italiano La Repubblica, sublinhou a importância de se criar um sistema de drenagem das águas da chuva na zona, caso contrário, disse, “é claro que toda a Pompeia está destinada a desabar”.
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Depois do terceiro incidente, na segunda-feira, que provocou a queda de um muro de dois metros, o presidente da Comissão Nacional Italiana para a Unesco, Giovanni Puglisi, declarou que “não há tempo a perder do ponto de vista burocrático”, e que é necessário “um plano de intervenção extraordinário, que garanta a segurança de toda a área de Pompeia”. Puglisi, citado pelo diário italiano La Repubblica, sublinhou a importância de se criar um sistema de drenagem das águas da chuva na zona, caso contrário, disse, “é claro que toda a Pompeia está destinada a desabar”.
Pompeia, situada aos pés do vulcão Vesúvio, ficou preservada sob a lava quando o vulcão entrou em erupção, em 79 d.C., foi redescoberta no século XVIII, e é um testemunho único do que era a vida quotidiana no Império Romano. Nos últimos dias, a chuva provocou primeiro a derrocada de uma parte do muro do Templo de Vénus, afectando depois uma loja e o túmulo de Lucius Publicius Syneros.
No domingo, novas chuvadas derrubaram o arco do Templo de Vénus (numa zona que já estava fechada aos visitantes) e um muro em redor da necrópole de Porta Nocera (numa área que foi agora também interdita). O jornal Il Sole 24 Ore recorda que em Novembro de 2013 as condições metereológicas também já tinham provocado uma série de estragos importantes em Pompeia.
Depois das derrocadas de domingo, o novo ministro italiano da Cultura, Dario Franceschini pediu explicações sobre o sucedido e convocou uma reunião para fazer um levantamento dos estragos sofridos na cidade. Será também o momento para fazer o balanço do projecto de restauro Grande Pompeia, que conta com um financiamento de 105 milhões de euros da União Europeia, e cujos trabalhos têm avançado muito lentamente, pondo em risco o cumprimento do prazo de conclusão, previsto para Junho de 2015.
Há já bastante tempo que a situação de Pompeia preocupa os responsáveis italianos e a Unesco. Em Dezembro, conta ainda o Il Sole 24 Ore, conseguiu-se evitar que a cidade fosse colocada na lista da Unesco para o património em risco. Mas, a agravar o problema, está o facto de haver neste momento um vazio na direcção do local arqueológico, dado que a recente nomeação de um responsável ainda não recebeu a luz verde do Tribunal de Contas.