Para o PS, a saída só é limpa com juros nos 3,5%
Socialistas têm dúvidas sobre regresso aos mercados no pós-troika, uma vez que actualmente a taxa de juros anda acima dos 5%.
E a prudência resultava das “dúvidas” socialistas sobre o regresso aos mercados no pós-troika. Segundo o secretário nacional socialista, uma saída limpa não poderia ser encarada como uma vitória na eventualidade das “condições de financiamento da dívida pública” não se revelarem sustentáveis. O que, segundo o economista, não acontece actualmente com as taxas de juro acima dos 5%.
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E a prudência resultava das “dúvidas” socialistas sobre o regresso aos mercados no pós-troika. Segundo o secretário nacional socialista, uma saída limpa não poderia ser encarada como uma vitória na eventualidade das “condições de financiamento da dívida pública” não se revelarem sustentáveis. O que, segundo o economista, não acontece actualmente com as taxas de juro acima dos 5%.
Óscar Gaspar lembrou o relatório do FMI, onde estava definido nos 3,5 % o “limiar da sustentabilidade da dívida”. “Há aqui uma nova incerteza”, alertou, depois de voltar a lembrar que a “última vez que a República foi aos mercados, fê-lo acima dos 5%”.
Daí que para o PS, na avaliação do sucesso do programa de ajustamento não basta o anúncio de uma saída limpa, por oposição ao anúncio da criação de um programa cautelar.
“Se o país sair sem condicionalismos e com juros sustentáveis, significa que o processo decorreu de acordo com o que estava previsto no início”, sublinhou.
A direcção do PS esteve reunida com a troika na sede do partido, no Largo do Rato, durante mais de hora e meia.