Ataque de islamistas radicais a liceu na Nigéria faz dezenas de mortos
Boko Haram voltou a visar uma escola, num ataque que matou adolescentes com idades entre 11 e 18 anos.
“Há corpos de estudantes em cinzas”, diz Sanusi Rufai, chefe da polícia local. O Colégio do Governo Federal, com alunos dos 11 aos 18 anos, fica na cidade de Buni Yadi, no Estado de Yobe. Outros membros das forças de segurança dizem que os atacantes abriram fogo quando entraram na escola.
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“Há corpos de estudantes em cinzas”, diz Sanusi Rufai, chefe da polícia local. O Colégio do Governo Federal, com alunos dos 11 aos 18 anos, fica na cidade de Buni Yadi, no Estado de Yobe. Outros membros das forças de segurança dizem que os atacantes abriram fogo quando entraram na escola.
A polícia começara por falar em 29 mortos. Professores ouvidos pela Associated Press contavam 40 estudantes mortos. "As ambulâncias trouxeram os corpos. Até agora, 43 foram encaminhados e estão na morgue", disse à AFP um responsável do hospital de Damaturu, capital do Estado.
Ataques semelhantes a este fizeram dezenas de mortos na mesma região o ano passado. Em Agosto, pelo menos 40 alunos foram mortos numa escola de ensino agrícola na vila de Gujba, no mesmo Estado. Membros do Boko Haram entraram durante a noite e dispararam contra os alunos no dormitório.
Yobe é um dos três estados do Nordeste que o Governo declarou em estado de emergência em Maio de 2013 e onde lançou o que diz ser uma vasta ofensiva contra o Boko Haram. Desde então, ataques reivindicados pelo grupo fizeram centenas de mortos. Apesar disso, o Presidente, Goodluck Jonathan, defende a actuação do Exército e ainda esta segunda-feira disse, em conferência de imprensa, que os islamistas estão agora limitados a uma pequena área do Nordeste, junto à fronteira com os Camarões.
A organização, que surgiu em 2009 e está na lista dos grupos terroristas dos Estados Unidos e da Nigéria, diz querer criar um Estado islâmico no Norte do país, a região onde os muçulmanos são maioritários.
Boko Haram significa “a educação ocidental é proibida” – muitos dos ataques dos islamistas têm visado escolas.