Vistos gold deverão duplicar investimentos em imóveis para 600 milhões em 2014
No corrente ano já foram concedidas 56 autorizações de residência, depois das 484 atribuídas no ano passado.
A APEMIP defende que os bons resultados já alcançados mostram que “o sector é exportável” e reclama verbas para a promoção do imobiliário português junto dos potenciais investidores.
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A APEMIP defende que os bons resultados já alcançados mostram que “o sector é exportável” e reclama verbas para a promoção do imobiliário português junto dos potenciais investidores.
Em 2013, o programa ARI atraiu aproximadamente 336 milhões de euros, sendo que cerca de 300 milhões de euros foram relativos à aquisição de bens imóveis.
Luís Lima, presidente da APEMIP, defende, em comunicado divulgado nesta terça-feira, que “o investimento poderá alcançar facilmente os 600 milhões de euros, desde que seja feito um trabalho de promoção adequado deste programa além-fronteiras”.
Paulo Portas, vice-primeiro-ministro e impulsionador da medida, tem manifestado a expectativa de que o investimento dos vistos gold, que no caso dos imóveis implica um gasto de 500 mil euros, venha a atingir os 500 milhões de euros no corrente ano.
Na opinião de Luís Lima, o valor de investimento estrangeiro no imobiliário pode ser multiplicado várias vezes, não só pelo poder de atracção que estes investimentos geram, como também pelo efeito de contágio de outros potenciais investidores estrangeiros.
“Um euro investido no nosso país é facilmente multiplicado por cinco ou seis. Estes investidores irão também acabar por gastar dinheiro em mobiliário, gastronomia, lazer ou saúde, contribuindo em muito para a dinamização da economia interna do país”, defende Luís Lima.
Os dados divulgados nesta terça-feira pela APEMIP revelam que os cidadãos chineses continuam a liderar a tabela de cidadãos estrangeiros que recebem os vistos gold, seguindo-se a Rússia, Brasil, Angola e África do Sul.
Do total de 542 ARI concedidos (dois em 2012, 484 em 2013 e 56 em 2014), 508 foram efectuadas através da compra de bens imóveis.
Para o presidente da APEMIP, perante estes valores é importante definir uma estratégia de acção: “É preciso que estejamos nos locais certos, nas feiras internacionais do sector, nos fóruns económicos, entre outros. É preciso que os agentes do sector possam promover o imobiliário português transmitindo as suas melhores características e a transparência e segurança deste mercado”, defende Luís Lima.
O líder associativo denuncia, no entanto, que o sector não conta, até agora, com apoios para se promover além-fronteiras. “O país tem de ser suficientemente inteligente para olhar para este mercado e perceber que o imobiliário português é exportável. Os agentes do sector têm levado a cabo acções de captação de investimento, mas promover eficazmente a nossa economia sem apoios é muito difícil”, destaca.
As verbas disponibilizadas pela Europa deveriam também servir apoiar acções de internacionalização, como a que agora terá lugar na China, organizada pela Fundação Associação Industrial Portuguesa, com o apoio da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP)”, refere o comunicado.
O Portugal-China Property & Investment Road Show 2014, será também o mote para cruzar os primeiros contactos com associações do sector da construção e do imobiliário de Macau, a fim de integrarem a CIMLOP.