A começar por Damon Albarn, que no início deste ano deu a conhecer a primeira música do seu novo álbum a solo, Everyday Robots, com lançamento marcado para o dia 28 de Abril. O vocalista dos Blur vai em seguida regressar aos palcos para apresentar este trabalho e depois disso logo se vê o que se faz. Foi assim, com poucas certezas, que Albarn falou à Rolling Stone, acrescentando que não sabe ainda quanto tempo lhe vai ocupar a digressão de apresentação de Everyday Robots.

A começar por Damon Albarn, que no início deste ano deu a conhecer a primeira música do seu novo álbum a solo, Everyday Robots, com lançamento marcado para o dia 28 de Abril. O vocalista dos Blur vai em seguida regressar aos palcos para apresentar este trabalho e depois disso logo se vê o que se faz. Foi assim, com poucas certezas, que Albarn falou à Rolling Stone, acrescentando que não sabe ainda quanto tempo lhe vai ocupar a digressão de apresentação de Everyday Robots.

“Vai depender de como o álbum for recebido e de como é que vai funcionar para mim quando tocar com outro material do meu passado”, disse o músico à revista, explicando que faz parte dos seus planos não se ficar apenas pelos temas de Everyday Robots. Damon Albarn quer regressar aos concertos com os seus temas novos, mas também pretende recuperar temas antigos não só dos seus trabalhos a solo como de outros projectos, com especial destaque para os Blur e para os Gorillaz. “Não vou tocar necessariamente coisas óbvias, mas há ainda muito por onde escolher. Vai ser realmente interessante e estou ansioso por cada minuto.”

Dos Blur Damon Albarn demonstrou especial interesse em recuperar uma música específica: “Estou a pensar tocar uma música completamente esquecida, é o lado B de Beetlemum e chama-se All your life”.

O que constava, até agora, era que, depois desta aventura a solo, Albarn voltaria à banda, que no ano passado passou pelo Porto com um concerto esgotado no Optimus Primavera Sound. Mas, afinal, isto já não vai acontecer. Os Blur terminaram em Janeiro uma digressão no Japão e não têm planos para o futuro. “Eu simplesmente não tenho tempo”, diz Albarn, explicando que os membros da banda (além de Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree) “estão todos a fazer outras coisas neste momento”.

A banda voltou a reunir-se em 2008, depois de um hiato de cinco anos. Desde então andaram em digressão, mantendo-se incrivelmente populares, como se pôde constatar no concerto que deram o ano passado no Porto. No entanto, desde 2003, quando editaram Think Tank, que não apresentam trabalho novo, apesar de no ano passado os músicos terem aproveitado o cancelamento de um par de concertos no Japão para nesses dias entrar em estúdio e gravar temas para um novo álbum, como contou na altura ao PÚBLICO o baixista Alex James. “Estávamos juntos em Hong Kong, com uns quantos dias de folga e, num entusiasmo espontâneo, decidimos ir para estúdio ver o que acontecia. E correu mesmo muito bem. Mas não sei o que vamos fazer com aquilo."

As palavras de Damon Albarn à Rolling Stone não são muito diferentes: “Há material, mas não nos vejo num futuro próximo em condições de acabar [o álbum].”

Mas se o futuro dos Blur é incerto, mais distante parece o dos Gorillaz. Tem-se falado também de um regresso deste projecto de Damon Albarn, mas nem o músico é capaz de responder a isto. “Fora os efeitos visuais, eu sou os Gorillaz”, diz Albarn. “É complicado, uma vez que sou só eu. Só porque fui um cartoon… Não há diferença, a sério… É um bocadinho embaraçoso para mim dizer que sim ou que não sobre uma coisa que é minha de qualquer das formas.”

Damon Albarn explica que nos ensaios tem tocado músicas dos Gorillaz, que lhe têm soado muito bem. “Vou tocá-las de certeza em digressão.” Mas à pergunta há Gorillaz ou não há Gorillaz, Albarn respondeu com outra pergunta: “O que é que faz os Gorillaz?” “Temos sempre músicos diferentes quando tocamos ao vivo. A única constante sou eu. E eu continuo aqui. É o meu novo álbum, de alguma forma, um álbum Gorillaz?”

Resta esperar então pelos novos episódios. Afinal Damon Albarn já nos mostrou o quão imprevisível consegue ser.