Nós, Cidadãos é o novo partido de centro-direita em formação
Associação cívica Instituto Democracia Portuguesa está na origem da nova formação. Já convidou Capucho para as europeias, mas o primeiro teste eleitoral a que deve concorrer são as legislativas de 2015.
Chama-se Nós, Cidadãos, tem origem no debate no seio do Instituto Democracia Portuguesa (IDP), associação cívica criada em 2007, e tem como horizonte para o seu primeiro combate as eleições legislativas de 2015. “Não confirmo, nem desminto”, afirmou ao PÚBLICO Mendo Castro Henriques, presidente da direcção da IDP, questionado sobre o seu envolvimento em Nós, Cidadãos. Contudo, admitiu a existência de movimentações nesse sentido.
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Chama-se Nós, Cidadãos, tem origem no debate no seio do Instituto Democracia Portuguesa (IDP), associação cívica criada em 2007, e tem como horizonte para o seu primeiro combate as eleições legislativas de 2015. “Não confirmo, nem desminto”, afirmou ao PÚBLICO Mendo Castro Henriques, presidente da direcção da IDP, questionado sobre o seu envolvimento em Nós, Cidadãos. Contudo, admitiu a existência de movimentações nesse sentido.
O PÚBLICO sabe que, em breve, a nova formação política será formalmente apresentada. Todavia, está fora de questão que concorra às eleições europeias de 25 de Maio – embora tenha sido para esse combate político que António Capucho, recentemente expulso do PSD, tenha sido convidado para cabeça de lista.
A não existência de condições objectivas para o lançamento de Nós, Cidadãos a tempo da pugna eleitoral para o Parlamento Europeu determinou um adiamento do que seria o primeiro teste do novo partido. Só depois das eleições europeias a nova formação política embrionária, de objectivos reformistas e perfil centrista, estará em condições de preparar o primeiro embate, que decorrerá, assim, nas legislativas de 2015.
A reflexão política no IDP iniciou-se aquando da manifestação de 15 de Setembro de 2012 contra a taxa social única. A dimensão do protesto, à margem dos tradicionais canais partidários e das centrais sindicais, chamou a atenção para a importância do poder de convocatória da sociedade civil.
Alguns dirigentes da IDP participaram, a 25 de Novembro último, na homenagem a Ramalho Eanes. Contudo, o antigo Presidente da República nada tem a ver com a constituição da nova formação, nem aquela homenagem se inscreveu na preparação do novo partido.
Nos órgãos sociais do Instituto Democracia Portuguesa, cuja presidência de honra é de D. Duarte de Bragança, estão, entre outros, Garcia Leandro, Armando Marques Guedes, Fernando Nobre, o juiz Rui Rangel, José Alarcão Troni, Francisco Cunha Rego, Rui Moreira e o actor Virgílio Castelo. Estes dois últimos, respectivamente, como presidente e vice-presidente da assembleia geral. O PÚBLICO sabe que nem todos os membros do IDP estão associados à formação da nova entidade política.
Alguns integrantes de Nós, Cidadãos têm laços de amizade pessoal com dirigentes da Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, o terceiro grupo político do Parlamento Europeu, que albergou o PSD até este ter aderido ao Partido Popular Europeu. Esses laços pessoais são com Artur Mas, presidente da Generalitat – o governo autónomo da Catalunha – e com o ex-primeiro-ministro da Bélgica Guy Verhofstadt.