Medidas para garantir sustentabilidade do sector eléctrico “são insuficientes”
Depois de o FMI ter adiantado que os custos da energia e as rendas excessivas vão estar na mesa das negociações da décima primeira avaliação, Bruxelas insiste que o Governo tem de ir mais longe para reduzir os custos do sector.
Apesar de reconhecer que as mais recentes projecções de evolução da dívida tarifária “denotam alguma melhoria” face aos números de Junho de 2013, a Comissão sublinha que a sua eliminação até 2020 “exigiria um aumento dos preços reais da electricidade de quase 2% ao ano, meio ponto acima das projecções iniciais”.
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Apesar de reconhecer que as mais recentes projecções de evolução da dívida tarifária “denotam alguma melhoria” face aos números de Junho de 2013, a Comissão sublinha que a sua eliminação até 2020 “exigiria um aumento dos preços reais da electricidade de quase 2% ao ano, meio ponto acima das projecções iniciais”.
Tal como o FMI, Bruxelas receia “o impacto deste aumento de tarifas na competitividade” da economia portuguesa e insta o Governo a ir mais longe para reduzir os custos do sector eléctrico.
A Comissão também adianta que o relatório enviado a Bruxelas pelo Governo sobre o funcionamento dos contratos CMEC (Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual) e o processo de extensão das concessões do domínio público hídrico das centrais CMEC vai estar em análise na décima primeira avaliação que tem início nesta quinta-feira.
O relatório da décima avaliação nota ainda que estão por conhecer os detalhes das medidas do Governo necessárias para corrigir os riscos de sobrecompensação da EDP no mercado de sistemas.