Foram assassinadas 19 pessoas por dia nas Honduras no ano passado
País com a mais elevada taxa de homicídios do mundo apresentou uma ligeira melhoria, mas as execuções tornaram-se mais violentas.
Num país de 8,5 milhões de habitantes, morreram em média 19 pessoas por dia no ano passado, contra os 20 homicídios diários verificados em 2012. O relatório, da autoria de um instituto apoiado pela ONU e pela Universidade Nacional Autónoma das Honduras, dá conta de uma ligeira descida na ordem dos 6,5% na taxa de homicídios.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Num país de 8,5 milhões de habitantes, morreram em média 19 pessoas por dia no ano passado, contra os 20 homicídios diários verificados em 2012. O relatório, da autoria de um instituto apoiado pela ONU e pela Universidade Nacional Autónoma das Honduras, dá conta de uma ligeira descida na ordem dos 6,5% na taxa de homicídios.
De uma taxa de 85,5 homicídios por 100 mil habitantes em 2012, o país passou para uma taxa de 79 no ano passado.
A descida do número de homicídios foi acompanhada, contudo, de um crescimento do número de “crimes atrozes, incluindo mutilações e decapitações, com corpos atirados para as ruas, aterrorizando a população”, afirmou à Reuters Migdonia Ayestas, do Observatório Nacional de Violência.
As Honduras têm sofrido com as alterações às rotas do tráfico de droga, sobretudo pela expansão dos cartéis mexicanos. O país é visto como uma porta de entrada para a droga proveniente da América do Sul e que tem como destino o México e os EUA.
A América Latina tem apresentado as mais altas taxas de homicídios nos últimos anos. Entre 2000 e 2010, a taxa de assassinatos na região cresceu 11%, enquanto na maior parte das regiões do mundo caiu ou pelo menos estabilizou.
O Presidente Juan Orlando Hernández, eleito em Novembro, prometeu mão-de-ferro sobre a criminalidade violenta e garantiu mesmo chamar o exército para controlar as ruas.