Passos: "Se precisarmos de programa cautelar, não há qualquer razão para não o termos"
Primeiro-ministro reiterou que a decisão sobre o pós-troika ainda não foi tomada.
A responder em inglês a questões na sessão de abertura da conferência The Lisbon Summit, organizada pela revista The Economist em Cascais, o primeiro-ministro reiterou que uma decisão em relação ao que irá acontecer no final do programa da troika em Maio ainda não foi tomada. "O nosso regresso aos mercados parece mais fácil agora do que há um ano, mas não vemos qualquer razão para tomar já a decisão", afirmou, defendendo que "é demasiado cedo para apresentar a estratégia de saída".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A responder em inglês a questões na sessão de abertura da conferência The Lisbon Summit, organizada pela revista The Economist em Cascais, o primeiro-ministro reiterou que uma decisão em relação ao que irá acontecer no final do programa da troika em Maio ainda não foi tomada. "O nosso regresso aos mercados parece mais fácil agora do que há um ano, mas não vemos qualquer razão para tomar já a decisão", afirmou, defendendo que "é demasiado cedo para apresentar a estratégia de saída".
De qualquer modo, Passos Coelho lembrou que, "desde o início do programa, o Eurogrupo e o Conselho Europeu garantiram que um país que cumprisse o seu programa poderia contar com o apoio no acesso aos mercados". "Presumo que, se precisarmos do programa cautelar, não há qualquer razão para não o termos", concluiu o primeiro-ministro.
Nos últimos dias surgiram notícias de uma preferência das principais potências da zona euro por uma saída limpa de Portugal, sem programa cautelar, à semelhança do que aconteceu com a Irlanda.
Na sua apresentação, Passos Coelho insistiu na ideia de que Portugal entrou agora numa fase de recuperação, garantindo que foi já evitado "o pior dos cenários". Reafirmou ainda a promessa de manutenção de disciplina orçamental no futuro e o desejo de baixar os impostos sobre o consumo e o rendimento no futuro, pedindo o apoio dos partidos da oposição. "Agora é a altura de renovar o apelo a um consenso em torno da estratégia orçamental para os próximos anos, com metas concretas para os saldos e para os níveis de despesa primária e corrente"' afirmou.
Numa conferência organizada pela The Economist, o líder do PSD salientou ainda a diferença verificada na forma como Portugal é visto agora no estrangeiro, em particular pelos media. "Até meados de 2012, Portugal figurava no radar da imprensa internacional pelas más razões, mas, nos últimos meses, Portugal passou a ser referido nas grandes sedes do debate público europeu e internacional por se ter constituído como exemplo. Como bom exemplo", disse o primeiro-ministro.