Marca portuguesa de molhos estreou-se em 500 lojas em Marrocos
Internacionalização da Paladin, detida pela Mendes Gonçalves, vai fazer-se na África francófona e anglófona.
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A África francófona e anglófona são os mercados-alvo e, até ao final do ano, o investimento previsto ultrapassa o milhão de euros. “O grande objectivo é ter uma marca global, não para competir com as grandes multinacionais que operam na Europa, mas em mercados emergentes onde há mais flexibilidade e consumidores”, disse ao PÚBLICO João Pilão, director de marketing e vendas internacionais.
Com uma fábrica na Golegã, capaz de produzir rapidamente e à medida do gosto dos consumidores, a Mendes Gonçalves já tem as embalagens de vinagres, molhos picantes ou maioneses em francês e árabe, nas prateleiras de mais de 500 lojas marroquinas. “Desenvolvemos molhos só para Marrocos e a nossa capacidade de investigação e desenvolvimento é a grande força”, sublinha João Pilão.<_o3a_p>
Até agora, a Mendes Gonçalves exportava, sem controlar preços ao consumidor final, ou a posição e apresentação do produto nas prateleiras. Exportar assim “é fácil”, diz o director de marketing. Agora, depois de definido o mercado, a intenção é fazer da Paladin “uma marca relevante para o consumidor”. <_o3a_p>
Questionado sobre as previsões de retorno do investimento, João Pilão admitiu que nos primeiros três anos não se ganha dinheiro. “Mas tem de ser assim. A marca é a nossa melhor garantia de termos resultados seguros”, sustenta.<_o3a_p>
A estratégia também é visível em Portugal, através de uma campanha que vai decorrer em vários meios ao longo deste ano. É a primeira vez que a Mendes Gonçalves faz uma publicidade na televisão. A empresa facturou mais de 20 milhões de euros em 2013, uma subida de 21% face a 2012 e emprega no total perto de 200 trabalhadores.<_o3a_p>
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A maior parte das suas exportações (40%) seguem para Angola, onde a empresa está há 20 anos com a marca Peninsular e Paladin. Nos planos está a construção de uma fábrica local. "Temos volume de vendas que justifique. São sete milhões de embalagens só em vinagre", adianta João Pilão.