CP e Refer vão estar em greve a 13 de Março
Sindicatos contestam reduções remuneratórias e projecto de concessão a privados.
A decisão de agendar novos protestos foi decidida nesta terça-feira, em Lisboa, num encontro que reuniu representantes dos trabalhadores e dos reformados destas empresas. Em comunicado, a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) reivindica “o fim da redução e congelamento dos salários, reformas e pensões” e o “cumprimento integral dos acordos de empresa”, incluindo o “direito às concessões para todos os ferroviários e suas famílias”.
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A decisão de agendar novos protestos foi decidida nesta terça-feira, em Lisboa, num encontro que reuniu representantes dos trabalhadores e dos reformados destas empresas. Em comunicado, a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) reivindica “o fim da redução e congelamento dos salários, reformas e pensões” e o “cumprimento integral dos acordos de empresa”, incluindo o “direito às concessões para todos os ferroviários e suas famílias”.
A federação exige ainda “a plena participação nos processos de reestruturação em curso”, afirmando que estão a ser tratados “numa negociação directa entre o Governo e o conjunto de grupos económicos que parasitam no sector”, numa referência às concessões a privados, que o Executivo espera concluir este ano.
À agência Lusa, o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira, explicou que na base do protesto está "o corte dos salários e dos direitos", assim como "as políticas de privatização e destruição do serviço público ferroviário".
O dirigente sindical criticou, nomeadamente, o fim do direito ao transporte gratuito quer de reformados, quer de trabalhadores no activo, salientando que, no caso dos reformados, tem um "impacto muito grande" na mobilidade.
Debaixo das críticas do sindicato estão também os cortes no abono de família, o "acordo de empresa recortado às tirinhas", o "brutal aumento dos impostos" e os "cortes nas pensões", além do menor investimento em ferrovia (quer no material circulante, quer na infra-estrutura), da "redução contínua" de trabalhadores e da total falta de "segurança" quanto à manutenção do posto de trabalho.