BCE "surpreendido" com resultados de Portugal

Os resultados recentes de Portugal foram "impressionantes" e surpreenderam o BCE, afirmou esta terça-feira o membro do conselho executivo da autoridade monetária europeia, Peter Praet.

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Peter Praet, economista chefe do BCE Enric Rubes-Vivio

Na sessão da conferência The Lisbon Summit, organizada pela revista The Economist em Cascais, dedicada ao problema do financiamento, o economista chefe do BCE deu Portugal como um exemplo da melhoria da situação que se vive actualmente na Europa. "Os resultados de Portugal foram impressionantes. Surpreenderam-nos", afirmou Peter Praet, lembrando, contudo, que existem riscos para o futuro. "A maior ameaça que vemos é a fadiga, é preciso que os governos consigam manter a popularidade da política que tem de ser seguida", defendeu.

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Na sessão da conferência The Lisbon Summit, organizada pela revista The Economist em Cascais, dedicada ao problema do financiamento, o economista chefe do BCE deu Portugal como um exemplo da melhoria da situação que se vive actualmente na Europa. "Os resultados de Portugal foram impressionantes. Surpreenderam-nos", afirmou Peter Praet, lembrando, contudo, que existem riscos para o futuro. "A maior ameaça que vemos é a fadiga, é preciso que os governos consigam manter a popularidade da política que tem de ser seguida", defendeu.

Em relação ao final do programa da troika e qual deve ser a opção de saída de Portugal, Praet disse que "é melhor esperar pelos resultados da décima primeira avaliação", que se inicia na quinta-feira. O responsável do BCE assinalou, todavia, que existem vantagens e desvantagens nas duas opções em cima da mesa. E destacou o facto de, ao escolher um programa cautelar, um país estar a dar sinais aos mercados de que não confia de que será capaz de manter a disciplina orçamental sem um programa com condições. Peter Praet lembrou ainda que Portugal, mesmo que faça uma saída "limpa" do programa, continuará a ser alvo de uma vigilância reforçada por parte dos membros da troika.