Os Chic de Nile Rodgers, mestre do funk e do disco, estarão no Rock In Rio - Lisboa

A banda de Le freak actua a 1 de Junho, no mesmo dia que se apresenta Justin Timberlake

Foto
Através da participação em Get Lucky, dos Daft Punk, o guitarrista Niles Rodgers tornou-se um dos múscos mais celebrados do último ano DR

O último reconhecimento ao contributo dos Chic de Nile Rodgers para a música popular das últimas décadas chegou com estrondo. O ano passado, foram omnipresentes por interposta pessoa. Get lucky, a canção dos Daft Punk que foi provavelmente a mais ouvida em todo o mundo em 2013, nasceu nitidamente sob influência dos Chic. E, não por acaso, Nile Rodgers, cuja guitarra ouvimos nela, foi um dos principais colaboradores da dupla francesa durante a gravação do álbum Random Access Memories.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O último reconhecimento ao contributo dos Chic de Nile Rodgers para a música popular das últimas décadas chegou com estrondo. O ano passado, foram omnipresentes por interposta pessoa. Get lucky, a canção dos Daft Punk que foi provavelmente a mais ouvida em todo o mundo em 2013, nasceu nitidamente sob influência dos Chic. E, não por acaso, Nile Rodgers, cuja guitarra ouvimos nela, foi um dos principais colaboradores da dupla francesa durante a gravação do álbum Random Access Memories.

Nascidos em 1976 em redor do núcleo duro formado por Nile Rodgers, pelo baixista Bernard Edwards e pelo baterista Tony Thompson, a que se juntavam as vocalistas Alfa Anderson e Luci Martin, os Chic ambicionavam ser a banda rock para a geração disco. Acabaram por ser mais que essa exígua ambição. Com eles, fez-se a ponte perfeita entre o funk insinuante que os antecedera e cadência mecânica do disco-sound tornado fenómeno global no final da década de 1970. Entre 1977 e 1983 editaram sete álbuns, aglomerando uma série de clássicos influentes nesse percurso. Um deles, Good times, samplado em Rapper’s delight, dos Sugarhill Gang, tornou-se por essa via parte da história fundadora do hip hop.

A banda separar-se-ia no início da década de 1980, regressando em 1992 para um último álbum de material original, Chic-ism. Entretanto, Nile Rodgers já iniciara um percurso distinto enquanto produtor de Diana Ross ou, em Let’s Dance, de David Bowie, marcas de um currículo que, hoje, inclui colaborações com nomes tão diversos quanto Peter Gabriel, INXS, Maroon 5, Madonna ou Aretha Franklin.

Após o sucesso de Get lucky, os Chic voltaram aos palcos. Não que tivessem estado ausentes muito tempo. De facto, na primeira década do século XXI, aos concertos juntaram-se a edição de compilações e de um álbum ao vivo. Porém, a banda é hoje essencialmente veículo para Nile Rodgers passar em revista a sua carreira, não só nos Chic mas para além dela. A banda que actuará no Rock In Rio já não conta com os fundadores Bernard Edwards e Tony Thompson (morreram em 1996 e 2003, respectivamente).

O Rock In Rio – Lisboa realiza-se nos dias 23,25, 30, 31 de Maio e 1 de Junho. Entre os nomes confirmados encontram-se Queens Of The Stone Age, Arcade Fire, Robbie Williams, Linkin Park ou os supracitados Justin Timberlake e Jessie J. Os bilhetes têm o preço de 61€ diários.