Escolas de condução low-cost enfrentam queixas sobre chumbos para compensar preços

Associação do sector fala em "concorrência desleal" e denuncia que alunos acabam por ir sem preparação aos exames, pagando para os repetir.

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A ASAE já recebeu uma queixa sobre este assunto Mário Augusto Carneiro

Segundo a Anieca, citada pela Renascença, a queixa já chegou às entidades competentes. O presidente desta associação, Fernando Santos, adiantou que este comportamento promove aquilo a que chama “concorrência desleal”.

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Segundo a Anieca, citada pela Renascença, a queixa já chegou às entidades competentes. O presidente desta associação, Fernando Santos, adiantou que este comportamento promove aquilo a que chama “concorrência desleal”.

A Anieca alerta, ainda, que com esta necessidade de as escolas compensarem a redução de preços, os alunos acabam por gastar muito mais dinheiro até conseguirem completar a carta de condução.

A queixa foi acompanhada de um relatório que descreve o alegado funcionamento daquelas escolas e foi também pedida uma reunião à ASAE. A diferença de preços pode ser de 200 euros numa escola destas para os 600 a 700 euros, numa “normal”.

No final de Janeiro, o Automóvel Club de Portugal (ACP) já tinha referido o mesmo problema, considerando que é fácil verificar que as escolas estão a violar a lei, nomeadamente levando os alunos a exame sem cumprirem o número mínimo de aulas obrigatório por lei.

“Está na cara que é impossível dar-se todas as aulas obrigatórias. Isto é tão simples de verificar que nem é preciso ter um inspector em todo o lado. Basta ver que os carros têm x alunos e têm que ter x quilómetros feitos e que consumir x litros, têm que ter n instrutores para x alunos. Nem é preciso apanhá-los no acto, é uma auditoria base, linear, e prova-se rapidamente que isso é possível de acontecer”, disse, na altura, à Antena 1 Luís Figueiredo, do ACP.

O Instituto da Mobilidade e dos Transportes está a recolher informações sobre estas denúncias.