Nova Iorque low cost
Viajar até à Big Apple, viver uma semana em plena Chinatown, visitar tudo e ainda fazer parte do público do Jimmy Fallon
Uma viagem para o outro lado do Atlântico significa grandes despesas. A proposta é a de passar uma semana na Empire City gastando o menos possível. Será, ainda assim, uma enorme despesa nos dias que correm, mas procuraremos torná-la muito menor do que o habitual para estas andanças.
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Uma viagem para o outro lado do Atlântico significa grandes despesas. A proposta é a de passar uma semana na Empire City gastando o menos possível. Será, ainda assim, uma enorme despesa nos dias que correm, mas procuraremos torná-la muito menor do que o habitual para estas andanças.
O segredo é tempo. Alguns "experts" dizem que são 21 os dias de antecedência com que se deve marcar uma viagem de avião. No entanto, este "lag" temporal varia e a técnica é a da insistência.
No caso de Nova Iorque, as viagens mais baratas são com a US Airways ou a Norwegian. Escolhemos uma desde Londres, em Março de 2014. À altura em que escrevemos, já com a viagem de Portugal até à capital inglesa, o bilhete custa 316 euros. Outro aspecto a ter em conta é a altura do ano. Para quem não se incomoda em derreter com os 40 graus de Agosto ou congelar com os -10 de Janeiro, as tarifas de avião são uma festa.
Chegando lá, até o comboio que leva os passageiros dos terminais do aeroporto à estação de metro é pago. Tendo em conta que cada viagem de metro custa cerca de 1,80 euros, compensa comprar o Metrocard para sete dias, por pouco mais de 20 euros.
Quanto ao alojamento, o New World Hotel faz jus à sua classificação de apenas uma estrela mas está situado no coração da Chinatown. Se o objectivo for passar tempo no quarto, é melhor não o considerar. No entanto, se a exigência for baixa e a alma alternativa o suficiente, esta é uma opção, por menos de 160 euros.
De outra forma, o couchsurfing é a solução. Os hóspedes são recebidos em casas de habitantes locais a custo zero. Vê-se a cidade pelos olhos de quem lá mora, fazem-se amizades e conhecem-se estilos de vida diferentes.
"Baby won’t you take me there?"
Temos como chegar, onde ficar e como nos deslocarmos. Mas vamos à "Island" para muito mais. O New York Pass pode, à partida, parecer uma "tourist trap", tamanha é a sede com que o vendem. Mas não é. É um passe que, por cerca de 150 euros, nos permite, literalmente, ver tudo. Desde os obrigatórios Empire State e Estátua da Liberdade, aos museus mais afamados, como o MoMA ou o Guggenheim, a roteiros mais alternativos, como uma "walking tour" por Greenwich Village, ou visitar a NBC. Se planeado com muita antecedência, pode-se lá voltar mais tarde e fazer parte da plateia do "The Tonight Show".
Sobram-nos cerca de 180 euros para alimentação. Não é fácil contornar a "junk food". Mas é possível. Cada fatia de pizza em Little Italy é uma autêntica refeição e os "NYC hot dogs" estão em cada esquina. O Trader Joe’s, embora mais caro, tem refeições saudáveis e preparadas por meia dúzia de dólares.
Visitar a "concrete jungle where dreams are made of" é um desejo comum a muitos viajantes com vontade de comprovar que aquelas esquinas não existem apenas no nosso imaginário.
Chegar lá exige planeamento para que a viagem caiba no bolso. Talvez haja outras maçãs não tão grandes mas mais perto, com um sabor mais genuíno e que não nos arruínem tanto o orçamento. Contudo, depois de lá estarmos, percebemos rapidamente o apelo da Metropolis: the city so nice that they named it twice.