Prejuízos do mau tempo no Alto Minho já chegam a 1,5 milhões

Infra-estruturas têm sido destruídas pelas chuvas ou cheias.

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Em Ponte da Barca, as sucessivas cheias no rio Lima afectaram a ecovia e a praia fluvial do concelho, com o autarca local a estimar prejuízos na ordem dos 300 mil euros.

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Em Ponte da Barca, as sucessivas cheias no rio Lima afectaram a ecovia e a praia fluvial do concelho, com o autarca local a estimar prejuízos na ordem dos 300 mil euros.

Acrescem, disse à Lusa Vassalo Abreu, os efeitos da intempérie em muros e estradas, piscinas municipais e num centro escolar.

"Não nos devem chegar, para tudo, cerca de meio milhão de euros", admitiu o autarca de Ponte da Barca.

Cenário idêntico vive o concelho vizinho de Arcos de Valdevez, com a Câmara a ter de recuperar 15 muros destruídos pelas intempéries das últimas semanas, operação que deverá custar perto de 150 mil euros.

Além disso, de acordo com o presidente da Câmara, João Esteves, também já avançou a repavimentação de estradas em todo o concelho, estimando-se mais 300 mil euros para esta operação.

"Estamos, também, a falar de algumas estradas que já precisavam de obras mas cuja situação foi agravada pelo mau tempo", explicou o autarca.

Já em Valença, a Câmara estima igualmente prejuízos na rede viária neste caso superiores a 150 mil euros e a recuperar com verbas municipais. O mau tempo, apontou à Lusa o presidente da Câmara, afectou directamente 200 quilómetros de estradas e caminhos em todo o concelho, que agora necessitam de intervenção. Ainda de acordo com Jorge Mendes, a recuperação de caminhos florestais deverá ascender a mais 50 mil euros, verba a suportar igualmente pelo município de Valença.

Em Ponte de Lima, a conta da autarquia ultrapassa, nesta altura, os 110 mil euros, também na repavimentação de estradas e recuperação de muros. Já em Viana do Castelo a Câmara teve de transferir 86 mil euros para as cinco juntas de freguesia do concelho mais afectadas, de forma a realizarem obras urgentes, nomeadamente em caminhos.

Em Caminha, a factura do mau tempo diz respeito a estruturas municipais, como equipamento urbano, e na limpeza de vias. O caso mais grave registou-se com a destruição da duna dos Caldeirões, na freguesia de Vila Praia de Âncora, cuja recuperação, segundo a autarquia, poderá custar mais de 150 mil euros.

Os autarcas de Monção e Vila Nova de Cerveira estimam igualmente ter de gastar "algumas dezenas de milhares de euros" a recuperar dos efeitos do mau tempo, sobretudo para reerguer muros e repavimentar estradas.