Sócrates tem "a maior expectativa sobre o posicionamento do PS nas Europeias"

O antigo governante foi convidado a participar numa conferência sobre o "Papel do Estado na sociedade contemporânea".

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José Sócrates em Viana do Castelo em Junho de 2011 Miguel Manso

 "Tenho a maior expectativa, porque entre PS e PSD há hoje uma diferença na perspectiva quer quanto ao que aconteceu na Europa, quer quanto ao que deve acontecer no futuro. Por isso, tenho a maior expectativa sobre o posicionamento político do PS", declarou José Sócrates numa conferência do ISCTE.

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 "Tenho a maior expectativa, porque entre PS e PSD há hoje uma diferença na perspectiva quer quanto ao que aconteceu na Europa, quer quanto ao que deve acontecer no futuro. Por isso, tenho a maior expectativa sobre o posicionamento político do PS", declarou José Sócrates numa conferência do ISCTE.

Perante um auditório cheio, o ex-líder socialista defendeu a tese de que acabou o tradicional consenso europeu entre o centro direita e o centro esquerda, que a esquerda terá de dizer "não" à liderança "exclusiva" da Alemanha na União Europeia, acusou o actual Governo de ser "capataz" de Berlim, mas manifestou-se "descoroçoado" com a linha política seguida pelo chefe de Estado francês, François Hollande.

Na sua intervenção o ex-primeiro-ministro defendeu ainda que o Estado social libertou o indivíduo, fazendo um ataque cerrado ao neoliberalismo, advertindo que se trata de um sistema perigoso, porque "ambicioso e utópico". "Todos aqueles que reclamam o combate ao Estado em nome da liberdade do indivíduo estão a virar a História de pernas para o ar. As novas responsabilidades que o Estado assumiu após a II Grande Guerra Mundial permitiu que o indivíduo tivesse mais escolhas, mais liberdade e mais oportunidades", sustentou José Sócrates perante um auditório cheio no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas, em Lisboa.


Numa conferência subordinada ao tema "Papel do Estado na sociedade contemporânea", moderada pelo ex-deputado socialista Miguel Vale de Almeida e com a ex-ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues na primeira fila da plateia, José Sócrates, sem gravata e de calças de ganga, defendeu uma tese central: "O Estado social libertou o indivíduo".