CIP diz que critérios para despedimento não são adequados

António Saraiva diz que despedimentos não são tema prioritário e quer discutir custos do trabalho extraordinário o “mais breve possível”.

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António Saraiva lembrou que a reforma do Estado não pode durar uma legislatura Miguel Manso

“A CIP nunca defendeu a hierarquia, para que a empresa pudesse usar o critério mais adequado. Agora está mais condicionada por um menu, correndo o risco de não ser o adequado”, disse ao PÚBLICO António Saraiva, presidente da confederação.

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“A CIP nunca defendeu a hierarquia, para que a empresa pudesse usar o critério mais adequado. Agora está mais condicionada por um menu, correndo o risco de não ser o adequado”, disse ao PÚBLICO António Saraiva, presidente da confederação.

O responsável lembra que, para as empresas, a questão do despedimento por extinção de posto de trabalho não é prioritária. “A extinção do posto de trabalho não é uma questão do dia-a-dia das empresas. Queríamos ter dado prioridade a matérias com impacto permanente na vida das empresas como o trabalho suplementar e as portarias de extensão”, realçou.

“Percebemos que o Governo não tinha tempo nem margem política para o fazer, mas essas questões têm de ir rapidamente à mesa da concertação social”, desafiou.

O ministro do Emprego e da Segurança Social, Pedro Mota Soares garantiu que o Governo está disposto a negociar com os parceiros. “Somos muito sensíveis às questões dos parceiros sociais”, disse, dando como exemplo o estímulo à contratação colectiva (negociação de condições de trabalho e salariais entre sindicatos e associações de empregadores).

Nesse contexto, Mota Soares admite vir a discutir o custo do trabalho extraordinário, uma vez que termina a cláusula em vigor desde Agosto de 2012 que determina que o pagamento previsto nos contratos colectivos se reduz para metade até Agosto de 2014.