Centro Internet Segura recebeu 1284 denúncias em 2013
Quase 400 queixas foram encaminhadas para a Polícia Judiciária.
Segundo o coordenador do centro, Nuno Moreira, o perfil foi eliminado do Facebook cerca de duas horas depois da denúncia que levou à intervenção do Centro Internet Segura, que tem como objectivos combater conteúdos ilegais online, minimizar os seus efeitos e promover uma utilização segura da Internet.
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Segundo o coordenador do centro, Nuno Moreira, o perfil foi eliminado do Facebook cerca de duas horas depois da denúncia que levou à intervenção do Centro Internet Segura, que tem como objectivos combater conteúdos ilegais online, minimizar os seus efeitos e promover uma utilização segura da Internet.
As denúncias recebidas são analisadas por operadores especializados e posteriormente encaminhadas para as autoridades de investigação criminal competentes, ou, no caso de estarem fora de jurisdição nacional, para a respectiva congénere internacional da Linha Alerta, para que prossiga a investigação.
Das 1284 denúncias registadas, 392 foram reencaminhas para a Polícia Judiciária, segundo os dados do Centro Internet Segura enviados à Lusa, a propósito do Dia Europeu da Internet Mais Segura, assinalado nesta terça-feira.
Segundo os dados, 685 situações foram reencaminhadas para Linhas Alertas estrangeiras porque os conteúdos estavam alojados noutros países. Houve ainda 15 situações que foram reencaminhadas para o fornecedor de acesso à Internet .
O coordenador do Centro Internet Segura, Nuno Moreira, apelou aos utilizadores que denunciem na Linha Alerta conteúdos ilegais online, que incitem ao racismo, à xenofobia ou que contenham imagens de pornografia infantil.O Centro Internet Segura, coordenado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), dispõe também da Linha Ajuda para apoio e esclarecimento de dúvidas sobre a utilização segura das tecnologias de informação e comunicação. No ano passado, a Linha recebeu 185 contactos.
Nuno Moreira adiantou que o site do centro tem disponível "todo o tipo de recursos para todos os riscos que existem na Internet", nomeadamente "as duas linhas para poder ajudar as pessoas, não só na prevenção, mas também as que já estão a ter problemas".
"É importante que neste dia seja criada a consciência de que existem formas de as pessoas estarem prevenidas. Nós disponibilizamos todos os tipos de recursos para prevenção e para que as pessoas aprendam um pouco mais", disse o coordenador do centro.
Proteger o computador
A partir desta terça-feira, a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) disponibiliza, no seu site, um conjunto de aplicações para ajudar a proteger o computador de ataques quando este está ligado a redes públicas.
O conjunto de aplicações informáticas, denominado projeto "Pen C3Priv", foi desenvolvido em parceria com o Centro de Competências em Cibersegurança e Privacidade da Universidade do Porto e vai ser disponibilizado gratuitamenteSegundo a CNPD, as aplicações devolvem ao utilizador um maior controlo da privacidade quando navega na Internet, ao mesmo tempo que oferecem protecção quando precisa de aceder a partir de um computador que não é o seu, bastando para tal copiar tudo para uma
pen.
A Pen C3Priv contém um conjunto de programas usados frequentemente, como um cliente de email, um editor de imagem e outro de texto, um leitor de pdf, um leitor multimédia de áudio e vídeo, um browser (uma versão do Firefox) e uma aplicação de troca de mensagens instantâneas, que foram configurados para não gravarem nada no computador onde são usados, não deixarem nenhuma informação privada sobre o utilizador e não permitirem o acesso a listas de contactos, adianta a CNPD, numa nota.