Ligação ferroviária entre Sines e Badajoz avança em 2017
Presidente da Refer diz que só há dinheiro para quatro projectos ferroviários dos oito apresentados pelo grupo de trabalho para as infraestruturas de alto valor acrescentado.
No entanto, apesar de se construir apenas a linha para mercadorias, Rui Loureiro admite que esta passará pelo corredor que estava previsto também para a alta velocidade e que poderão até ficar já feitas as terraplanagens por modo a acomodar, no futuro, a via dupla para o TGV.
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No entanto, apesar de se construir apenas a linha para mercadorias, Rui Loureiro admite que esta passará pelo corredor que estava previsto também para a alta velocidade e que poderão até ficar já feitas as terraplanagens por modo a acomodar, no futuro, a via dupla para o TGV.
Este investimento, no valor de mil milhões de euros, deverá ficar concluído em 2019 e é um dos oito projectos ferroviários (de um total de 30 investimentos definidos como prioritários pelo grupo de trabalho) cuja execução está garantida.
Rui Loureiro diz que só há dinheiro disponível para os quatro primeiros projectos ferroviários daquela lista, que inclui a conclusão da modernização da linha do Norte (400 milhões de euros) e a modernização das linhas da Beira Alta (900 milhões), Minho (145 milhões) e Cascais (160 milhões). Mas tal não significa que estes projectos avancem porque, segundo o mesmo responsável, “a ordem da lista dos 30 projectos não tem a ver com a sua calendarização”, nem reflecte as suas prioridades.
De resto, Rui Loureiro recordou que este documento está ainda em discussão política e não foi aprovado pelo Governo. Ainda assim, admite que outro dos investimentos que seguramente vai avançar é o da conclusão da modernização da linha do Norte. O administrador da Refer referiu que esteve envolvido no grupo de trabalho para as infra-estruturas de alto valor acrescentado, cujo relatório foi conhecido em Janeiro.
“Houve pessoas que deixaram cair projectos de que gostavam, em benefício comum”, contou, acrescentando que alguns desses projectos eram rodoviários. “Chegou-se à conclusão que deveríamos dar prioridade às mercadorias e que, por isso, os principais investimentos deveriam ser portuários e ferroviários”, referiu.
Questionado sobre se a importância dada à bitola europeia tinha caído, Rui Loureiro disse rejeitou essa ideia porque passou a estar prevista a introdução de um terceiro carril nas linhas com ligação a Espanha, que permite a coexistência de comboios em bitola europeia e ibérica. A prioridade à bitola europeia pareceu ser um desígnio nacional enquanto o ministro Álvaro Santos Pereira esteve em funções, mas tornou-se entretanto ausente no discurso dos governantes responsáveis pelos transportes.