A derrota “leonina” começou em Alvalade
A ausência de William Carvalho pesou muito a Leonardo Jardim.
Por isso mesmo, a derrota “leonina” no derby começou a ser desenhada ainda no Estádio de Alvalade, há uma semana, quando William viu desnecessariamente um cartão amarelo, que o afastou da rota da Luz. Sem Rinaudo, emprestado aos italianos do Catania (uma decisão que só se entende pela pressão exercida pelo jogador) não restavam muitas alternativas a Leonardo Jardim.
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Por isso mesmo, a derrota “leonina” no derby começou a ser desenhada ainda no Estádio de Alvalade, há uma semana, quando William viu desnecessariamente um cartão amarelo, que o afastou da rota da Luz. Sem Rinaudo, emprestado aos italianos do Catania (uma decisão que só se entende pela pressão exercida pelo jogador) não restavam muitas alternativas a Leonardo Jardim.
A solução passou por uma nova adaptação do jovem Eric Dier ao lugar, mas pouco rotinado e lançado para uma partida com esta carga de responsabilidade e intensidade o resultado foi pouco menos que desastroso. A forma incisiva como o Benfica entrou no encontro e a pressão que exerceu ao longo da partida contribuíram ainda mais para o desnorte do jovem inglês, que se alargou a toda a defesa sportinguista, que partia para este encontro como a menos batida do campeonato (agora divide o estatuto com o FC Porto).
O primeiro golo de Gaitán, aos 27’, até pareceu chegar tarde, face às facilidades concedidas aos móveis atacantes da casa, com uma posse de bola esmagadora no primeiro tempo. Com Adrien praticamente sozinho a fazer as despesas do meio-campo dos “leões” (André Martins foi encostado à direita) e ainda com preocupações acrescidas de policiamento a Enzo Pérez, sobrou espaço para Fejsa demonstrar dotes de construtor. Organizava o jogo da sua equipa a partir de trás, subia com a bola controlada e iniciaria mesmo o lance do golo de Gaitán, após roubar uma bola a Adrien ainda no centro do terreno.
O Sporting, completamente partido, sem ligação com o ataque, foi inofensivo antes e depois da desvantagem. Só após o intervalo, procurou juntar as suas linhas, mas, exceptuando um rasgo individual de Heldon, aos 63’, o perigo junto da baliza de Oblak foi nulo.
O Benfica percebeu que poderia sofrer o empate num lance fortuito e voltou a carregar. Depois de várias perdidas escandalosas de Rodrigo, seria Enzo Pérez a assumir a responsabilidade, apontado o segundo, aos 76’. Um triunfo justo e que terá apenas pecado por escasso face às inúmeras oportunidades criadas.
Com um registo paupérrimo nos jogos “grandes” (contabiliza apenas um empate com o Benfica em Alvalade), o Sporting não marca um golo na Luz para o campeonato desde a temporada 2006-07. As próximas jornadas dirão quais os efeitos na moral de uma equipa que parece ter tido sobriedade ao não se candidatar ao título.