Os gémeos mais rápidos do mundo em novo pleno da Holanda
Holandeses ganharam sete das nove medalhas, incluindo as três de ouro, já entregues na patinagem de velocidade nos Jogos de Sochi.
Foi a primeira vez que dois gémeos partilharam o pódio nos Jogos de Inverno desde que os norte-americanos Phil e Steve Mahre obtiveram o primeiro e o segundo lugar no slalom (esqui alpino) em 1984, em Sarajevo. Mas em Sochi até poderá não ser a última, atendendo por exemplo ao facto de o jogo de hóquei no gelo feminino entre as selecções da Suíça e dos EUA, uma das maiores candidatas ao triunfo, ter tido a participação de três pares de gémeas, incluindo as americanas Lamoreux.
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Foi a primeira vez que dois gémeos partilharam o pódio nos Jogos de Inverno desde que os norte-americanos Phil e Steve Mahre obtiveram o primeiro e o segundo lugar no slalom (esqui alpino) em 1984, em Sarajevo. Mas em Sochi até poderá não ser a última, atendendo por exemplo ao facto de o jogo de hóquei no gelo feminino entre as selecções da Suíça e dos EUA, uma das maiores candidatas ao triunfo, ter tido a participação de três pares de gémeas, incluindo as americanas Lamoreux.
“Se o teu irmão gémeo se torna campeão olímpico e tu ganhas o bronze tens que estar satisfeito”, afirmou Ronald Mulder, que nasceu há 27 anos em Zwolle. Michel e Ronald têm mais quatro irmãos. “Somos os mais jovens de seis e não creio que os nossos outros irmãos pudessem ser campeões olímpicos. Teriam de retomar a carreira e isso seria uma grande surpresa”, referiu Michel, que venceu a prova disputada na Adler Arena com um tempo combinado de 69,31 segundos nas duas séries, a uma velocidade média de 51,97 km/h.
Tal como aconteceu nos 5.000 metros masculinos dois dias antes, a Holanda fez o pleno no pódio nos 500m. A medalha de Michel foi a 30.ª de ouro de sempre da nação europeia na patinagem de velocidade (pista longa) nos Jogos de Inverno, um recorde. Os EUA têm 29.
A vitória de Michel Mulder foi dramática e conseguida com uma diferença de apenas 0,01 segundos para Jan Smeekens, que durante uns instantes pensou ser o campeão olímpico. O vice-campeão olímpico cruzou a meta, olhou para o ecrã electrónico, viu o seu nome em primeiro e festejou antes de o tempo oficial ser corrigido em favor do seu compatriota. “Houve um photo-finish e os juízes disseram que foi legítimo. Tenho de acreditar neles e cumprimentar o Michel e o Roland também. Estou orgulhoso deles, mas a desilusão é muito grande neste momento”, disse Smeekens algum tempo depois de terminar a competição.
No biatlo, dois dias depois de vencer o sprint, Ole Einar Bjorndalen falhou por pouco o pódio na perseguição, o que o faria deter isolado o recorde de medalhas conquistadas nos Jogos de Inverno. O norueguês de 40 anos pagou caro os três erros no tiro e foi 4.º, a 1,7 segundos do bronze numa prova ganha pelo francês Martin Fourcade. Bjorndalen, contudo, deverá ter mais oportunidades para chegar à 13.ª medalha.
Esta segunda-feira foi também o dia em que Vladimir Putin, presidente russo, referiu que a críticas que têm sido feitas aos Jogos reflectem a mentalidade da Guerra Fria e em que a Amnistia Internacional pediu ao Comité Olímpico Internacional para não ignorar as “graves violações dos direitos humanos" e as "pressões” sobre os ecologistas na Rússia, no âmbito do evento.