Livre entrega assinaturas no Tribunal Constitucional e anuncia 15 porta-vozes
Ganhar votos à abstenção é um dos objectivos do novo partido já nas eleições europeias.
Para constituir um partido político são necessárias 7500 assinaturas. Os juízes do palácio Ratton não têm um prazo definido para se pronunciarem e os membros do Livre acreditam que o processo de verificação pode demorar cerca de dois meses. Depois, o prazo para a entrega das listas candidatas ao Parlamento Europeu termina a 16 de Abril, pelo que o Livre está, para já, numa corrida contra o tempo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Para constituir um partido político são necessárias 7500 assinaturas. Os juízes do palácio Ratton não têm um prazo definido para se pronunciarem e os membros do Livre acreditam que o processo de verificação pode demorar cerca de dois meses. Depois, o prazo para a entrega das listas candidatas ao Parlamento Europeu termina a 16 de Abril, pelo que o Livre está, para já, numa corrida contra o tempo.
Sem Rui Tavares, o eurodeputado eleito pelas listas do BE e promotor do projecto político, Ricardo Alves, eleito dirigente do partido no passado fim-de-semana, sublinhou que mais importante do que as eleições europeias, marcadas para 25 de Maio, são as legislativas do próximo ano. “O nosso objectivo principal não se esgota nas europeias”, explicou.
Questionado sobre a ausência de Tavares e a liderança do partido, o dirigente respondeu que o eurodeputado está em Bruxelas a "cumprir o seu dever" e que o Livre tem 15 porta-vozes, cada um dos dirigentes eleitos para o “grupo de contacto”, o órgão executivo do partido.
No congresso fundador, Rui Tavares adiantou que o seu protagonismo à frente do Livre terminava no início do conclave, dando agora espaço para que se afirmem outras personalidades. Na altura, o deputado ao Parlamento Europeu explicou que, ao contrário do que pode parecer, este não é o “partido do Rui Tavares”.
“O nome que eu propunha [para o partido] era Progressistas, mas a maioria escolheu Livre. Votei derrotado, algumas vezes, nas propostas de estatutos”, justificou.
Esta terça-feira, Ricardo Alves insistiu que o Livre não é um partido “unipessoal”.
"Há um grupo de contacto que é o executivo do partido e somos todos igualmente porta-vozes. A sociedade portuguesa é muito mais evoluída do que os partidos que tem. Merece um partido mais democrático, mais aberto, mais atento às pessoas e que lhes dê mais voz", disse.
O Livre acredita que pode ganhar votos à abstenção e convencer muitos dos portugueses que desistiram de ir às urnas ou nunca foram. “Poderemos tirar votos à abstenção”, disse. "Ninguém é dono dos votos, cada cidadão é dono do seu próprio voto”, concluiu.