Metro de Lisboa e Carris venderam menos 20 milhões de bilhetes em 2013

Empresas justificam queda com redução da mobilidade, aumento da fraude e impactos das greves.

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Governo pretende concessionar empresas públicas de transportes a privados em 2014 PÚBLICO/Arquivo

"Para esta quebra contribuíram, de forma significativa, a redução generalizada da mobilidade que se tem vindo a verificar na área metropolitana de Lisboa e o aumento da fraude”, referem as empresas. Acrescentam que a redução está igualmente relacionada com o “aumento dos períodos de greve ocorridos em 2013 relativamente ao ano de 2012”.

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"Para esta quebra contribuíram, de forma significativa, a redução generalizada da mobilidade que se tem vindo a verificar na área metropolitana de Lisboa e o aumento da fraude”, referem as empresas. Acrescentam que a redução está igualmente relacionada com o “aumento dos períodos de greve ocorridos em 2013 relativamente ao ano de 2012”.

A Metro de Lisboa e a Carris dizem ainda que, além da redução de passageiros, estas paralisações provocaram “um efeito de desgaste nos clientes, com uma consequente transferência, muitas vezes definitiva, para outros modos de transporte”.

Este ano, os trabalhadores da Metro de Lisboa têm realizado greves uma vez por semana contra as medidas inscritas no Orçamento do Estado, nomeadamente o agravamento das reduções salariais, e contra a nova lei das empresas públicas, que entrou em vigor em Dezembro.

As empresas explicam ainda que a diminuição registada no ano passado também resulta do “decréscimo dos passageiros ocasionais”, já que as vendas do novo bilhete agregado para a Carris e para a Metro não compensaram “o efeito da extinção dos bilhetes pré-comprados de cada um dos operadores”, quando actuavam isoladamente. Outro factor que penalizou o tráfego foi “o decréscimo verificado na aquisição de passes”.

No entanto, as duas transportadoras do Estado, cuja concessão a privados está prevista para este ano, “prevêem uma melhoria gradual da procura” para 2014, com um consequente “reflexo positivo no aumento da receita tarifária”.

No sector dos transportes públicos, já são igualmente conhecidos os resultados da Metro do Porto e da STCP, que também foram fundidas. No caso da primeira, registou-se em 2013 uma inversão da tendência de perda de passageiros, com um aumento de 2,6%, para 56 milhões. Já na STCP, a procura caiu 7,5%, para 78 milhões de passageiros. No agregado, as duas empresas sofreram uma queda de 3,6% no tráfego no ano passado.