Greve de duas horas não deverá afectar voos

Trabalhadores das áreas operacionais e administrativas da NAV cumprem paralisação, depois da greve dos controladores aéreos.

Foto
Trabalhadores da área da informática, operacional e administrativa da NAV fazem greve entre as 13h e as 15h Miguel Manso

O protesto segue-se à paralisação de ontem, quarta-feira, dos controladores de tráfego aéreo que provocou o cancelamento de, pelo menos, 27 voos no aeroporto de Lisboa e alguns atrasos no do Porto. No total foram reprogramados cerca de 500 ligações.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O protesto segue-se à paralisação de ontem, quarta-feira, dos controladores de tráfego aéreo que provocou o cancelamento de, pelo menos, 27 voos no aeroporto de Lisboa e alguns atrasos no do Porto. No total foram reprogramados cerca de 500 ligações.

Nem a TAP, nem a ANA – Aeroportos de Portugal prevêem alterações nos voos desta quinta-feira. A greve dos trabalhadores da NAV das áreas da Informação e Comunicações Aeronáuticas, Engenharia, Sistemas e Manutenção insere-se numa acção conjunta dos controladores europeus contra a reformulação do “Céu Único Europeu” e é coordenada pela Federação Europeia dos Sindicatos de Controladores de Tráfego Aéreo e pela Federação Europeia dos Trabalhadores dos Transportes.

Os trabalhadores apontam o dedo ao teor do projecto da Comissão Europeia que, dizem, conduz “à degradação das empresas [de navegação aérea], a uma inexorável degradação das condições de segurança e qualidade do serviço prestado”, referia um comunicado enviado pelo Sindicato dos Controladores de Tráfego Aéreo, na passada sexta-feira.

Houve uma “quebra de compromissos assumidos em Outubro pela Comissão Europeia quanto à possibilidade de integrar nas suas mais recentes propostas as posições das organizações sindicatos” e, por isso, foi decidida esta jornada de luta, que se prevê que tenha “um impacto significativo nas normais operações de tráfego aéreo europeu”, referia o mesmo documento.