Aulas retomadas em duas escolas de Leiria após garantia de mais uma funcionária

Pais estão satisfeitos com a solução e lamentam que a situação tenha obrigado ao encerramento dos estabelecimentos.

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Cerca de 50 alunos não tiveram aulas nos últimos dois dias Nelson Garrido/Arquivo

“Na terça-feira, ao final do dia, recebemos a informação da parte do director do Agrupamento de Escolas Correia Mateus de que o Ministério da Educação tinha atribuído o número de horas em falta para poder haver uma outra funcionária, o que permite uma auxiliar a tempo inteiro por escola, que era a nossa reivindicação”, disse à Lusa o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do 1.º ciclo e Jardins de Infância da freguesia do Arrabal, Filipe Furtado.

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“Na terça-feira, ao final do dia, recebemos a informação da parte do director do Agrupamento de Escolas Correia Mateus de que o Ministério da Educação tinha atribuído o número de horas em falta para poder haver uma outra funcionária, o que permite uma auxiliar a tempo inteiro por escola, que era a nossa reivindicação”, disse à Lusa o presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas do 1.º ciclo e Jardins de Infância da freguesia do Arrabal, Filipe Furtado.

Este representante dos pais declarou que, como ele, “os restantes encarregados de educação estão satisfeitos com o desfecho desta situação”, lamentando que “as coisas tivessem que ter tomado este rumo – o encerramento das duas escolas – para se resolverem”. Filipe Furtado salientou que, ao assegurar uma funcionária por escola, “a segurança dos alunos fica garantida até ao final do ano, responsabilidade que é do ministério e que, assim, continua a ser cumprida como anteriormente”.

Na segunda e terça-feira, as escolas do 1.º ciclo de Martinela e Várzea, com um total de 50 alunos, foram encerradas a cadeados por decisão dos encarregados de educação, após terem conhecimento de que “o tempo de trabalho de uma funcionária iria ser dividido entre duas escolas”.

Na ocasião, Filipe Furtado argumentou que esta situação iria "colocar as crianças em risco", uma vez que os alunos não teriam acompanhamento no resto do tempo em que a escola não tem auxiliar, nomeadamente nos períodos de recepção e saída dos alunos e durante os intervalos. “Ter uma funcionária a meio tempo por escola é negligente por parte do ministério”, acusou o responsável.

O director do agrupamento, António Oliveira, assumiu na segunda-feira que, desde o primeiro dia de aulas, este problema adivinhava-se, tendo sido partilhado com a associação de pais. “Confirmo a perda, em Janeiro, do reforço de horas de tarefeira que eram as suficientes para colmatar as necessidades destas e de outras escolas do agrupamento”, declarou António Oliveira, explicando que o reforço de horas foi, de novo, solicitado à tutela.

O presidente da associação de pais acrescentou agora que, com a resolução do problema, a reunião de pais marcada para terça-feira à noite ficou sem efeito, assim como o abaixo-assinado que circulou na freguesia e que reclamava a “reposição imediata do horário a tempo inteiro das assistentes operacionais nas escolas do 1.º ciclo de Martinela e Várzea”.