No futebol discutem-se sprays, no râguebi a "Ref-CAM" é banal
A ideia de um árbitro transportar uma câmara de filmar é uma realidade no râguebi desde o início de 2013
Ao contrário do futebol, um desporto em que os responsáveis pelos dois principais organismos (FIFA e UEFA) se regem por normas conservadoras e arcaicas, o râguebi tem marcado a diferença por não recear seguir por caminhos inovadores e o uso do vídeo-árbitro, por exemplo, já se tornou comum.
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Ao contrário do futebol, um desporto em que os responsáveis pelos dois principais organismos (FIFA e UEFA) se regem por normas conservadoras e arcaicas, o râguebi tem marcado a diferença por não recear seguir por caminhos inovadores e o uso do vídeo-árbitro, por exemplo, já se tornou comum.
No início do ano passado, foi a vez de chegar aos campos de râguebi a "Ref-CAM". A primeira experiência em jogos oficiais foi realizada na Austrália, por iniciativa do canal de televisão FOX Sports, e mudou para sempre a forma como os adeptos, em casa, vêem o desporto.
Durante o jogo entre os Reds e os Waratahs do Super Rugby, uma competição de clubes em que participam cinco equipas da Nova Zelândia e outras tantas da Austrália e África do Sul, o árbitro neozelandês Chris Pollock transportou uma mini-câmara de filmar na cabeça, possibilitando que os telespectadores assistissem ao que se passava no relvado através da perspectiva do árbitro.
A iniciativa da FOX Sports mereceu elogios por parte dos adeptos e, cerca de um ano depois, a “Ref-CAM” já é utilizada em jogos das principais competições de râguebi, um pouco por todo o Mundo. Enquanto isso, no futebol, continua a discutir-se se os árbitros devem ou não transportar um simples spray para assinalar a posição das barreiras na marcação de livres.
Tecnologias no futebol? A resposta de Michel Platini, presidente da UEFA, quando questionado sobre a possível introdução de câmaras de filmar nas linhas das balizas foi sintomática: “Essa decisão irá funcionar com um cavalo de Tróia. É uma forma da tecnologia entrar no futebol. Depois vamos ter tecnologia em todos os lances e assim um jogo vai durar cinco horas. Penso que não é uma boa ideia. Temos os olhos humanos para ver se a bola entrou.”