Há uma falha no Coelho de Jade, o rover lunar chinês
Agência espacial chinesa detectou uma falha no rover que está na Lua desde 14 de Dezembro. Yutu está agora adormecido enquanto a noite lunar não acaba.
A falha deve-se ao “complicado ambiente da superfície lunar”, diz um comunicado da Administração Estatal da Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, citado pela agência chinesa Xinhua. Nada mais é explicado.
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A falha deve-se ao “complicado ambiente da superfície lunar”, diz um comunicado da Administração Estatal da Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional, citado pela agência chinesa Xinhua. Nada mais é explicado.
O Coelho de Jade passeia-se por uma região lunar chamada Sinus Iridium (Baía dos Arcos-Íris, em latim), uma planície com poucas irregularidades no Mare Imbrium, no Hemisfério Norte do nosso satélite natural. O rover, que foi transportado na nave Chang'e-3, pousou na Lua a 14 de Dezembro de 2013.
A última vez que um objecto pousou no satélite natural da Terra foi a 18 de Agosto de 1976, há mais de 37 anos. O então aparelho soviético Luna 24 pousou no Mare Crisium, retirou uma amostra do solo lunar e voltou para a Terra.
O Coelho de Jade está a investigar a geologia e mineralogia da Lua. O rover tem seis rodas, pesa 120 quilogramas, pode fazer subidas com uma inclinação de 30 graus e caminha 200 metros por hora alimentado a energia solar. O robô tem câmaras para fotografar a paisagem, um espectrómetro para analisar a composição química do solo e um radar para estudar o solo e as rochas até uma profundidade de 100 metros.
Durante a longa noite lunar, em que a temperatura atinge 180 graus negativos, tem de hibernar. Já o fez uma vez.
Na Terra, o robô está a ser seguido por milhares. Há 110 mil assinantes do robô no Sina Weibo, o Twitter chinês.
“Fizeste um óptimo trabalho, Yutu”, escreveu Amaniandlove, citado na Xinhua. “Aguentaste temperaturas extremamente quentes e frias, e mostraste-nos o que nós nunca vimos. Espero que fiques bem rapidamente, mas o que quer que aconteça, é a tua presença que faz brilhar este planeta, a cerca de 390 mil quilómetros de distância.”