Freitas do Amaral apela a “castigo justo” ao Governo nas legislativas
Histórico centrista critica complacência do Presidente da República para com o executivo de Passos Coelho.
“O país vive uma situação muito difícil e as pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo e com os foguetes que estão a ser deitados antes da festa”, avisa o histórico centrista. “Se é verdade que os indicadores económicos têm melhorado, as melhoras são muito pequeninas. É como se uma pessoa estivesse com 40 [graus] de febre e se fizesse uma festa porque passou para 39,8”, ironizou o fundador do CDS-PP.
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“O país vive uma situação muito difícil e as pessoas não se deviam iludir com a propaganda do Governo e com os foguetes que estão a ser deitados antes da festa”, avisa o histórico centrista. “Se é verdade que os indicadores económicos têm melhorado, as melhoras são muito pequeninas. É como se uma pessoa estivesse com 40 [graus] de febre e se fizesse uma festa porque passou para 39,8”, ironizou o fundador do CDS-PP.
Por isso, apela a que os portugueses se preparem para nas próximas eleições legislativas saberem aplicar o “castigo justo a este Governo e encontrar uma nova forma governativa”.
Freitas do Amaral, que se candidatou à Presidência da República em 1986 mas acabou por perder para Mário Soares na segunda volta por uma pequena diferença, estende as suas críticas ao actual inquilino do Palácio de Belém, que esta quinta-feira assinala três anos sobre a reeleição. De Cavaco Silva diz que “tem exercido a magistratura de influência” mas não no sentido que lhe terá dado quando colocou o termo no léxico político.
“O Presidente da República entende que nesta fase a sua magistratura de influência consiste em apoiar o Governo até se chegar à meta e não em criar dificuldades ao Governo” nesse percurso, observa Freitas do Amaral, que diz compreender a atitude “até certo ponto”. Acrescenta ter pena que o Presidente se “sinta obrigado a apoiar um Governo que comete muitos erros em vez de poder apoiar um Governo que governe muito bem”.
Mas o Governo é este, não é outro. “E o Presidente não pode, com uma varinha de condão, transformar um Governo mau num Governo bom”, ironiza o antigo líder centrista.