França perde o seu líder durante quatro meses

Thierry Dusautoir, capitão da selecção francesa, lesionou-se na última jornada da fase de grupos da Heineken Cup e vai falhar o Torneio das Seis Nações

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O cenário já não era animador para Philippe Saint-André, mas piorou bastante para o seleccionar francês a menos de duas semanas do pontapé de saída do Torneio das Seis Nações. Após uma desastrosa participação na prova no ano passado, o “XV de France” está sob uma enorme pressão para vencer a competição, mas a recente lesão de Thierry Dusautoir, que deverá ficar fora dos relvados durante quatro meses, foi um rude golpe nas aspirações gaulesas.

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O cenário já não era animador para Philippe Saint-André, mas piorou bastante para o seleccionar francês a menos de duas semanas do pontapé de saída do Torneio das Seis Nações. Após uma desastrosa participação na prova no ano passado, o “XV de France” está sob uma enorme pressão para vencer a competição, mas a recente lesão de Thierry Dusautoir, que deverá ficar fora dos relvados durante quatro meses, foi um rude golpe nas aspirações gaulesas.

Considerado o Melhor Jogador do Ano em 2011, Dusautoir é o líder da selecção francesa, mas uma ruptura num tendão do braço esquerdo sofrida na semana passada vai deixar o franqueador do Toulouse fora de combate até ao final da época. Nascido em Abidjan, capital da Costa do Marfim, Dusautoir apenas aos 10 anos foi viver para França, de onde é natural o seu pai. Começou por praticar judo, onde chegou ao cinto castanho, e aos 16 anos aventurou-se no râguebi.

No entanto, apenas cinco anos mais tarde convenceu os seus pais, que queriam que Dusautoir se empenhasse no curso de Engenharia Química, que concluiu, a dedicar-se quase em exclusivo ao râguebi. Homem de “poucas palavras”, o que motivou alguma desconfiança quando Marc Lièvremont, ex-seleccionador francês, o escolheu para capitão, Dusautoir calou os mais cépticos no Mundial 2011, quando deu a cara em defesa da equipa após as embaraçosas derrotas na fase de grupos contra a Nova Zelândia e Tonga.

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Respeitado e admirado por colegas e adversários, o flanqueador do “XV de France” foi, aliás, o único jogador dos "Bleus" que esteve sempre a um nível muito acima da média durante todo o Mundial 2011 e venceu, com toda a justiça, o prémio de “homem do jogo” na final da prova.

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