Chefe da Al-Qaeda pede aos islamistas na Síria que se unam contra Assad

Travam-se combates entre a coligação islamista e os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.

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Arredores de Alepo DIMITAR DILKOFF/Reuters

Numa mensagem áudio - cuja emissão coincide com a conferência de paz Genebra II -, dirigiu-se a "todos os grupos jihadistas, a todos os homens livres que lutam para derrubar o regime de Assad" e exortou-os a "parar imediatamente com os combates entre irmãos". Devem, disse, unir-se contra "o inimigo laico e confessional, apoiado pelas forças dos heréges e dos safávidas [antiga dinastia persa]".

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Numa mensagem áudio - cuja emissão coincide com a conferência de paz Genebra II -, dirigiu-se a "todos os grupos jihadistas, a todos os homens livres que lutam para derrubar o regime de Assad" e exortou-os a "parar imediatamente com os combates entre irmãos". Devem, disse, unir-se contra "o inimigo laico e confessional, apoiado pelas forças dos heréges e dos safávidas [antiga dinastia persa]".

Vários grupos islâmicos que combatem na Síria já chegaram a um entendimento para lutarem, em bloco, contra os jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS), grupo ligado à Al-Qaeda que opera sobretudo no Norte do país onde se trava uma guerra civil há três anos.

Os combates entre antigos aliados na guerra contra Assad já matou 1100 pessoas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. O Estado Islâmico é acusado, também por estes grupos de antigos aliados, de uma série de crimes, entre eles a morte de civis e de rebeldes rivais.

A Frente Islâmica, o Exército dos Mujahedin (islamista) e a Frente Revolucionária Síria (considerado um grupo moderado não islamista) estão na origem da ofensiva contra o ISIS. A esta coligação juntou-se recentemente a Frente Al-Nusra, que é o braço oficial da Al-Qaeda na Síria. 

Em Novembro, o chefe da Al-Qaeda tinha dito que a Frente al-Nusra era o seu único representante na Síria, afastando a filiação do ISIS. E quando a coligação para lutar contra os jihadistas foi feita a Al-Nusra manteve a neutralidade - depois pediu unidade a todos os grupos na guerra contra Assad, apelo que foi agora oficializado por Ayman al-Zawahiri.