Portugal poderá integrar missão militar da UE na República Centro-Africana
A missão europeia deverá ser composta por um batalhão de 500 a 600 soldados
A possibilidade desta participação foi invocada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, depois da decisão tomada pelos seus homólogos da UE, que ainda terá de ser concretizada no plano estratégico e operacional. “Não está excluído, mas ainda não está decidido que possa haver um apoio militar”, afirmou o ministro à imprensa. “Naturalmente, dentro das nossas possibilidades militares e financeiras, particularmente financeiras”.
Antes da concretização desta operação, a maior lançada pela UE no quadro das suas competências de manutenção da paz, os 28 precisam de obter o apoio formal do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que poderá acontecer até ao fim desta semana.
A missão europeia, que deverá ser composta por um batalhão de 500 a 600 soldados, destina-se a apoiar a estabilização da capital, Bangui, sobretudo na zona do aeroporto, para permitir a distribuição de ajuda humanitária às populações deslocadas e vítimas da violência, de carácter étnico e religioso, em que o país mergulhou desde o golpe de Estado de Março passado.
O estado-maior das tropas europeias será instalado na base militar de Larissa, na Grécia, e o comando da operação deverá ser assegurado pela França, ex-potência colonial, que já tem 1600 homens no terreno, no quadro de uma operação autorizada pela ONU que, em Novembro, classificou a República Centro-Africana de país em situação de pré-genocídio.
Ainda que o lançamento desta missão tenha obtido o apoio unânime dos 28 ministros europeus, as contribuições em efectivos será voluntária. Ainda não é claro quantos países participarão no plano militar, embora a Alemanha, Reino Unido, Itália, Holanda, Irlanda ou Grécia tenham dado sinais de não querer enviar tropas para o terreno, limitando o seu apoio, nalguns casos, aos aspectos logísticos. Ao invés, a Bélgica, Finlândia, Suécia, Lituânia ou Polónia estão entre os países que estão a ponderar a enviar soldados. O único país que já fez uma oferta firme foi a Estónia, com uma contribuição de 55 soldados.
Igualmente nesta segunda-feira, e também em Bruxelas, os participantes numa conferência internacional de doadores organizada pela UE e pelas Nações Unidas prometeram desbloquear 500 milhões de dólares em ajuda humanitária para a República Centro-Africana. O Banco Mundial deverá desbloquear 100 milhões de dólares, a UE 90 milhões, e o Banco Africano de Desenvolvimento 75 milhões. O restante será fornecido por contribuições individuais dos Estados, das quais a maior será assegurada pela França, no valor de 47 milhões de dólares.
Os participantes na conferência “mobilizam-se totalmente para tentar pôr um fim à grave crise” que assola o país, afirmou a comissária europeia responsável pela ajuda humanitária, Kristalina Georgieva.
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A possibilidade desta participação foi invocada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, depois da decisão tomada pelos seus homólogos da UE, que ainda terá de ser concretizada no plano estratégico e operacional. “Não está excluído, mas ainda não está decidido que possa haver um apoio militar”, afirmou o ministro à imprensa. “Naturalmente, dentro das nossas possibilidades militares e financeiras, particularmente financeiras”.
Antes da concretização desta operação, a maior lançada pela UE no quadro das suas competências de manutenção da paz, os 28 precisam de obter o apoio formal do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o que poderá acontecer até ao fim desta semana.
A missão europeia, que deverá ser composta por um batalhão de 500 a 600 soldados, destina-se a apoiar a estabilização da capital, Bangui, sobretudo na zona do aeroporto, para permitir a distribuição de ajuda humanitária às populações deslocadas e vítimas da violência, de carácter étnico e religioso, em que o país mergulhou desde o golpe de Estado de Março passado.
O estado-maior das tropas europeias será instalado na base militar de Larissa, na Grécia, e o comando da operação deverá ser assegurado pela França, ex-potência colonial, que já tem 1600 homens no terreno, no quadro de uma operação autorizada pela ONU que, em Novembro, classificou a República Centro-Africana de país em situação de pré-genocídio.
Ainda que o lançamento desta missão tenha obtido o apoio unânime dos 28 ministros europeus, as contribuições em efectivos será voluntária. Ainda não é claro quantos países participarão no plano militar, embora a Alemanha, Reino Unido, Itália, Holanda, Irlanda ou Grécia tenham dado sinais de não querer enviar tropas para o terreno, limitando o seu apoio, nalguns casos, aos aspectos logísticos. Ao invés, a Bélgica, Finlândia, Suécia, Lituânia ou Polónia estão entre os países que estão a ponderar a enviar soldados. O único país que já fez uma oferta firme foi a Estónia, com uma contribuição de 55 soldados.
Igualmente nesta segunda-feira, e também em Bruxelas, os participantes numa conferência internacional de doadores organizada pela UE e pelas Nações Unidas prometeram desbloquear 500 milhões de dólares em ajuda humanitária para a República Centro-Africana. O Banco Mundial deverá desbloquear 100 milhões de dólares, a UE 90 milhões, e o Banco Africano de Desenvolvimento 75 milhões. O restante será fornecido por contribuições individuais dos Estados, das quais a maior será assegurada pela França, no valor de 47 milhões de dólares.
Os participantes na conferência “mobilizam-se totalmente para tentar pôr um fim à grave crise” que assola o país, afirmou a comissária europeia responsável pela ajuda humanitária, Kristalina Georgieva.