Passos admite coligação pré-eleitoral com CDS-PP nas legislativas

Moção ao congresso do PSD.

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Pedro Passos Coelho participou ontem no lançamento do livro Segurança e Defesa Nacional - Um Conceito Estratégico MIGUEL MANSO

"O PSD não exclui que venha a avaliar, oportunamente, a possibilidade extraordinária de concorrer a essas eleições em coligação pré-eleitoral com o seu actual parceiro de coligação", escreve Passos Coelho, no documento que levará ao Congresso do PSD de 21, 22 e 23 de Fevereiro, em Lisboa, que tem como título "Portugal acima de tudo!", hoje divulgado.

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"O PSD não exclui que venha a avaliar, oportunamente, a possibilidade extraordinária de concorrer a essas eleições em coligação pré-eleitoral com o seu actual parceiro de coligação", escreve Passos Coelho, no documento que levará ao Congresso do PSD de 21, 22 e 23 de Fevereiro, em Lisboa, que tem como título "Portugal acima de tudo!", hoje divulgado.

O presidente do PSD acrescenta que "a ponderação de tal possibilidade, obviamente, deverá decorrer de uma análise ulterior a efectuar pelos órgãos próprios e pelas lideranças dos dois partidos em espírito de cooperação e respeito pela autonomia de cada um".

Quanto às presidenciais de 2016, considera que "a iniciativa de candidatura deve partir dos potenciais candidatos" e "não de qualquer directório partidário". Na "altura própria" o PSD formalizará "nos órgãos estatutariamente competentes" o "perfil desenvolvido que considera adequado ao entendimento do papel do Presidente da República" e "o apoio a conceder a um futuro candidato presidencial que se apresente no respeito por este perfil".

O presidente do PSD defende que "o Presidente deve comportar-se mais como um árbitro ou moderador" e evitar "tornar-se numa espécie de protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num cata-vento de opiniões erráticas".Relativamente ao actual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que está a cumprir o seu segundo mandato, não se podendo recandidatar, Passos Coelho avalia a sua actuação nos seguintes termos: "Tem encarnado uma visão do papel do Presidente da República em que o PSD globalmente se revê".

"Apesar das diferenças naturais quanto às medidas de política que por vezes possam existir, o Presidente tem desenvolvido uma acção de cooperação estratégica e institucional com os governos constitucionais e com os outros órgãos de soberania que vai ao encontro do desejo dos portugueses de o verem a desempenhar um papel construtivo e positivo que possa impulsionar, e não complicar ou bloquear, as soluções de que o país carece e por cujas preferências o país patenteia nas escolhas efectuadas noutros actos eleitorais", completa.

Por outro lado, reitera a intenção de "consensualizar junto do seu parceiro de coligação, o CDS-PP, uma reforma do sistema político" que introduza "mecanismos de personalização das escolhas pela via da consagração do voto preferencial opcional, mecanismos que requerem a reconfiguração dos círculos eleitorais, de modo a combinar a existência de um círculo nacional com círculos locais de menor dimensão, onde o eleitor tem um voto nominal escolhendo o seu candidato preferido, além da escolha do partido da sua preferência" - proposta que constava da moção de estratégia global que apresentou há dois anos.

Quanto às europeias de 25 de maio, confirma que PSD e CDS-PP concorrerão coligados e terão um programa eleitoral conjunto, promete defender "uma ambição europeia que contribua para reforçar a unidade, a solidariedade e a responsabilidade" e o reforço do "método comunitário em detrimento do método intergovernamental".

Em entrevista à TVI e à TSF, a 12 de dezembro, Passos Coelho já tinha aberto a porta a uma coligação pré-eleitoral PSD/CDS-PP nas legislativas: "Acho que não se pode encarar com estranheza. Seria natural que assim acontecesse, mas não estou com isto a dizer que é isso que vai acontecer".