Cavaco diz que Portugal terminará programa “com sucesso” em Maio

Presidente sublinha os "sinais" de recuperação económica e o reforço do clima de confiança no país.

Foto
Presidente diz que 2014 é ano crucial para Portugal Nuno Ferreira Santos

Apesar de ainda faltarem quatro meses, o chefe de Estado diz que “há razões” para “acreditar” num desfecho favorável para Portugal neste programa de ajustamento. Cavaco Silva falava esta quinta-feira ao final da manhã, no Palácio de Queluz, ao corpo diplomático acreditado em Portugal na habitual cerimónia de apresentação de cumprimento de Ano Novo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Apesar de ainda faltarem quatro meses, o chefe de Estado diz que “há razões” para “acreditar” num desfecho favorável para Portugal neste programa de ajustamento. Cavaco Silva falava esta quinta-feira ao final da manhã, no Palácio de Queluz, ao corpo diplomático acreditado em Portugal na habitual cerimónia de apresentação de cumprimento de Ano Novo.

Admitindo que 2013 “não foi um ano fácil”, o Presidente da República realçou que a economia “registou alguns sinais positivos, que nos permitem encarar 2014 com mais esperança”. E enumerou: “Saíu a recessão em que esteve mergulhado desde 2010, a produção nacional cresceu no segundo e no terceiro trimestres de 2013 e verificou-se alguma redução do desemprego. As exportações continuaram a registar um comportamento positivo, fruto da capacidade de adaptação revelada peças empresas portuguesas, incluindo o estabelecimento de parcerias nos vossos países.”

O chefe de Estado está convicto de que este cenário positivo é para manter: “O reforço do clima de confiança e a consolidação dos sinais de recuperação económica que têm vindo a manifestar-se serão uma prioridade nacional no ano que agora começou. O crescimento da economia é a chave para conter as restrições a que o país tem estado sujeito e assegurar uma trajectória sustentável das finanças públicas.”

Cavaco Silva referiu-se também à União Europeia, defendendo que “2014 será necessariamente um ano em que não poderá abrandar o esforço conjunto no sentido de criarmos uma UE mais coesa e solidária”. Falou sobre os passos que foram dados nesse caminho de maior integração no ano que passou e lembrou as eleições para o Parlamento europeu de Maio, que constituirão “um teste à mobilização dos cidadãos”.

Desfiou o rol de contactos que manteve com outros países, incluindo as visitas que fez e as que recebeu de responsáveis de outros Estados, os contactos e compromissos de Portugal junto de diversas instituições e entidades internacionais como o Grupo de Arraiolos, Diálogo 5+5, CPLP, Nações Unidas. Assim como as relações com África, o Magrebe e a Ásia, regiões que devem merecer uma aposta diplomática e económica por parte de Portugal, realçou Cavaco Silva.

Depois de há um ano ter considerado "preocupante" a situação na Guiné-Bissau, o Presidente voltou a falar naquele país, para lembrar que o relacionamento com Portugal foi "condicionado" pelas consequência do golpe de Estado de 2012. Cavaco defendeu ser "fundamental que a situação política seja normalizada, com o retorno à paz, o restabelecimento da ordem constitucional, com a realização de eleições livres e justas e a subordinação do poder militar ao poder civil democrático".