Empresas públicas de transportes com prejuízo operacional de 41 milhões

Pagamento de subsídios de férias penalizou contas do sector.

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CP foi a empresa que mais reduziu o quadro de pessoal, tendo eliminado mais de mil postos de trabalho PÚBLICO/Arquivo

Foi o pagamento dos subsídios de férias, reintroduzido na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional à suspensão prevista pelo Governo, que penalizou os resultados das transportadoras do Estado, já que esta rubrica custou 41,7 milhões de euros. Se não tivessem sido pagos, o sector teria gerado um lucro operacional de 872 mil euros.

O resultado operacional considerado pelas autoridades externas tem em conta as receitas e as despesas de cada empresa, expurgando indicadores considerados extraordinários, como as indemnizações pagas a trabalhadores.

De acordo com os dados a que o PÚBLICO teve acesso, as sete empresas consideradas na análise (Metro de Lisboa, Carris, CP, Metro do Porto, STCP, Transtejo e Refer) registaram receitas de 709,6 milhões até Novembro, o que compara com os 716,8 milhões do período homólogo. Já os custos fixaram-se em 708,7 (um valor muito semelhante ao de 2012).

Se a Refer for retirada destes cálculos, o conjunto das restantes transportadoras do Estado gerou um lucro operacional de 15,5 milhões de euros (e de 47 milhões sem o pagamento de subsídios). Face a 2010, trata-se de uma melhoria de muito significativa, já que nesse ano o prejuízo operacional foi de 76,7 milhões de euros.

O objectivo acordado com a troika implicou a aplicação de medidas de contenção de custos, que passaram por ajustamentos na oferta, aumentos tarifários e redução dos quadros de pessoal. No que diz respeito a este último ponto, os dados a que o PÚBLICO teve acesso mostram que, a 31 de Dezembro de 2013, existiam 13.508 trabalhadores nestas empresas, o que significa que foram eliminados 2898 postos de trabalho face a 2010. O maior emagrecimento aconteceu na CP, de onde saíram 1046 pessoas, seguindo-se a Refer (menos 841 funcionários).
 

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Foi o pagamento dos subsídios de férias, reintroduzido na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional à suspensão prevista pelo Governo, que penalizou os resultados das transportadoras do Estado, já que esta rubrica custou 41,7 milhões de euros. Se não tivessem sido pagos, o sector teria gerado um lucro operacional de 872 mil euros.

O resultado operacional considerado pelas autoridades externas tem em conta as receitas e as despesas de cada empresa, expurgando indicadores considerados extraordinários, como as indemnizações pagas a trabalhadores.

De acordo com os dados a que o PÚBLICO teve acesso, as sete empresas consideradas na análise (Metro de Lisboa, Carris, CP, Metro do Porto, STCP, Transtejo e Refer) registaram receitas de 709,6 milhões até Novembro, o que compara com os 716,8 milhões do período homólogo. Já os custos fixaram-se em 708,7 (um valor muito semelhante ao de 2012).

Se a Refer for retirada destes cálculos, o conjunto das restantes transportadoras do Estado gerou um lucro operacional de 15,5 milhões de euros (e de 47 milhões sem o pagamento de subsídios). Face a 2010, trata-se de uma melhoria de muito significativa, já que nesse ano o prejuízo operacional foi de 76,7 milhões de euros.

O objectivo acordado com a troika implicou a aplicação de medidas de contenção de custos, que passaram por ajustamentos na oferta, aumentos tarifários e redução dos quadros de pessoal. No que diz respeito a este último ponto, os dados a que o PÚBLICO teve acesso mostram que, a 31 de Dezembro de 2013, existiam 13.508 trabalhadores nestas empresas, o que significa que foram eliminados 2898 postos de trabalho face a 2010. O maior emagrecimento aconteceu na CP, de onde saíram 1046 pessoas, seguindo-se a Refer (menos 841 funcionários).